Obrigado pela chance

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Agora, no momento em que escrevo, já se passaram um mês e dezoito dias do problema no coração que me levou à uma internação e procedimentos no Hospital do Coração, na Messejana, Fortaleza. Graças a Deus e a um conjunto de fatores fui levado a tempo para receber os procedimentos necessários pro caso, por sorte minha o Ceará tem, com atendimento pelo SUS, o Hospital do Coração. Um centro de referência que me possibilitou uma recuperação rápida, apesar de ter passado alguns dias de internação, diante do problema que eu tive.

Tenho que agradecer a todas as pessoas que se envolveram direta ou indiretamente. Nos vários casos que chegou a mim, sobre pessoas que manifestavam sua fé no meu restabelecimento. Agradeço a todos que rezaram, oraram, pensaram positivo ou liberaram alguma boa energia em minha direção. Tenho certeza que o Todo do Universo traçou os melhores caminhos pra mim, na preservação da minha vida por aqui, na vida física. Sou muito agradecido.

Além dos colegas professores que rezaram pela minha recuperação e saúde, tive a boa surpresa e fiquei emocionado quando soube que os colegas da Guarda Civil Municipal - GCM - Russas, me incluíram nas suas orações diárias antes de entrar no serviço. Obrigado meus amigos, obrigado a todos os bons amigos e pessoas que tive o privilégio de cruzar nessa vida. Agradeço a todos e levarei sempre na memória e no coração.

Agradecer imensamente aos profissionais da Saúde que me salvaram com profissionalismo e humanismo na dedicação em cumprir suas profissões. Tanto os profissionais do SAMU/Russas, no primeiro socorro e depois com a transferência. Os profissionais do Hospital de Russas, em especial para o Dr. Yan que foi insistente (ainda bem) nas massagens cardíacas.

Agradecer a todos os profissionais dos setores por quais passei, nunca tinha conhecido profissionais tão dedicados, amigos, simpáticos, gentis como as que conheci no Hospital do Coração. É emocionante ver a dedicação e amor às pessoas que eles nem conhecem, mas já se importam antes de conhecer. É um dom. Foram fundamentais, tanto na aplicação técnica dos medicamentos, exames e aparelhos, como no tratamento humano, de apoio e de me tratarem como se eu fosse uma pessoa especial. Esse afeto positivo ajudou muito na minha recuperação, tenho certeza disso.

Por último, mas não menos importante, quero agradecer a minha Família. Como é bom e importante ter as pessoas que tenho. Família e amigos são melhores que ouro. Minha mulher e seus irmãos rapidamente mobilizaram a chegada do SAMU pra me socorrer. Enquanto puderam estiveram ao meu lado, depois fiquei nas boas mãos do pessoal que faz Saúde no Hospital do Coração. Obrigado por estarem tão presentes na minha vida.

Novembro no Ceará, mês dos meteoros - E os Maias?

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Este mês de novembro de 2014 tem sido marcado pelo volume de meteoro no campo de visão da Terra. A irradiação vem do norte da constelação de Touro (Taurídas ou Taurídeos), localizada, a partir do ponto de vista de onde estamos, podemos localizar essas ocorrências nos balizando pelo planeta Júpiter. Quem for apreciar deve olhar para o topo do céu entre meia noite de hoje, madrugada, até às 3h da manhã, são os momentos de maior visibilidade do fenômeno. Embora, também, seja demasiado chamar de "chuva de meteoros" pelo fato da intensidade destes meteoros ser de 5 ou 6 aparições por hora. Não dá nem pra tirar o olho do céu.

E tem mais

Neste mês de novembro ocorrem esses eventos astronômicos conhecidos como "chuva de meteoros" o que empolga admiradores, fotógrafos e astrônomos do mundo inteiro. Aqui, onde estamos localizados, no estado brasileiro do Ceará, temos o privilégio de contar, neste período, com um céu limpo de nuvens (embora hoje esteja prevista chuva moderada para as regiões Norte e Sul), com uma ótima visibilidade do céu, principalmente, em pontos mais afastados dos centros das cidades mais iluminadas pela eletricidade. Faz diferença.

Desde o dia 02 do corrente mês tiveram início essas ocorrências dos meteoros e meteoritos passando próximo ou na órbita da Terra. Esses corpos celestes são detritos lançados por outros meteoros maiores ou que viajam no Cosmos impulsionados através da explosão de planetas ou estrelas a bilhões de Km da terra, alguns acontecidos há séculos e que só nos chegam hoje (o que não deixa de ser também bastante interessante para a contemplação).

Esses meteoros, além de serem melhor vistos de ontem para hoje (data de pico e visibilidade), ocorrerá durante o este mês até dia 20, tendo nos próximos dias 16 e 17 um novo pico, no entanto, desta vez irradiado pela constelação de Leão (Leonidas), localizado próximo ao planeta Vênus (aquele que aparece forte antes do sol nascer (estrela matutina) e próximo ao sol se pôr (estrela vespertina), entrando à noite e originando o que chamamos de "quasar do sertão". Neste caso, o fenômeno celeste só poderá ser melhor visto com o uso de binóculos.

Cenário perfeito para observar esses fenômenos, a América do Sul registrou em sua História o surgimento e o apogeu de um dos povos mais intrigantes e misteriosos de todo o planeta. A saber, o povo Maia que ocupou um território que hoje compreenderia ao sul do México, o oeste de Honduras, Belize e o norte de El Salvador. Exímios matemáticos e astrônomos tiveram seu apogeu entre 250 a.C até 900 d.C., período de declínio e extinção devido a chegada da chamada "civilização" espanhola. Aqui para nós brasileiros e nossos ancestrais indígenas, chegou a "civilização" portuguesa... óia aí?!

Seguindo. Interessante nesta incrível civilização Maia era o conhecimento sobre esse movimento das constelações, principalmente, Vênus. Símbolo que balizava os portais do mundo de onde os Maias acreditavam terem vindo, um lugar chamado Thamoanchan, morada dos deuses. Os portais para este céu se abriam exatamente antes do amanhecer de cada dia, junto a aparição de Vênus. Neste momento era propício os pedidos, orações e comunicação com seus deuses específicos ou ao que atenderia a sua necessidade.

Os sacrifícios humanos praticados pelos Maias tinham, principalmente, dois objetivos a permissão dos deuses para um novo amanhecer ou simplesmente para perguntar ou agradecer os deuses. Os sacrifícios e cerimoniais também eram realizados no entardecer dos dias, onde Vênus aparecia. Eles sabiam que o ciclo de Vênus era de 263 dias sendo visto, depois desaparecia por 50 dias, voltando a um novo período de 263 aproximadamente, seguido por 8 dias de ausência para depois voltar ao início do seu ciclo.

Pelo fato deste período de aparição do planeta de 263 dias corresponde, mais ou menos, ao período de gestação da gravidez das mulheres, era muito utilizado para fins relacionados neste sentido, assim como as colheitas e o bom sucesso de empreendimentos. Cada um em um período distinto, inclusive o melhor momento para guerras.



Poemas que são Livros

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Existem poemas que passamos a vida inteira, vez em quando, nos deparando com ele e voltamos a lê-lo. Em cada leitura, dependendo do estado que estamos vivenciando ou o grau de maturidade, ele se expressa e nos parece com uma faceta diferente.

O poema a seguir sempre fez parte do rol dos poemas que estiveram vez ou outra no raio das minhas leituras, tanto por sua profundidade, quanto por ser de autoria de Mário Quintana, um dos poetas que mais gosto. Porém, diante das experiências que por último tenho tido na vida, este poema/livro nunca fez tanto sentido.


O Tempo

A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando se vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê, perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado...
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas...
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que o amo.
E tem mais: não deixe de fazer algo que gosta devido a falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.

Mário Quintana