Segundo turno assustador em Fortaleza
A prática de Aproveitar-se
Imagem Frank_Reppold instagram.com/solarismutabor/Feel free to serve yourself. Your coffee - in Pixbay |
Futuro.bomb.com
Foto: Guerra, Apocalipse - PixBay20 and. PixBay |
Segunda década do século XXI e continuamos com um pé atolado nos primórdios da civilização, enquanto o outro pé está protegido pelas armas de tecnologia avançada. Controladas remotamente e com carga variada e letal. Diabolicamente elaboradas para levar explosivos diversos, ogivas, armas químicas e biológicas com alto poder de extermínio da vida.
Será este o nosso destino? Já sabemos que até hoje, depois da economia/capital, as guerras vêm sendo o pivô e a alavanca das novas descobertas e avanços sociais. Como no caso da medicina, engenharia, entre tantas outras áreas do conhecimento humano que tiveram suas maiores revoluções depois de se submeterem às tecnologias empregadas na indústria para fins armamentista.Essa deve ser a meta futura, mas que comece agora, de países inteligentes o suficiente para imporem suas vontades através da sua integridade humana – tá ruim. Isso realmente é utópico, mas não no sentido conceitual de Marx, e sim do entendimento de Émile Durkheim. Ou seja, é uma utopia (ou seja, impossível de acontecer) hoje, ou em dias vindouros.
Enquanto isso, vamos levando essa realidade hipócrita e corrupta. Com essa sociedade de máscaras prontas, é preciso boiaaaarrr... e até diria Augusto dos Anjos: “O homem que vive nesta terra miserável, mora entre feras, sente inevitável necessidade de também ser fera”.
🐆 Rio das Onças 🐆
..............................................................................................
Sabedoria Popular - trecho do Poema "Natureza", Xangai
Declamação de um pequeno trecho do poema/canção: Natureza, de Xangai.
Segue abaixo a letra completa desta ode à natureza:
Natureza
É o céu uma abóbada aureolada
Rodeada de gases venenosos
Radiantes planetas luminosos
Gravidade na cósmica camada
Galáxia também hidrogenada
Como é lindo o espaço azul-turquesa
E o sol fulgurante tocha acesa
Flamejando sem pausa e sem escala
Quem de nós pensaria em apagá-la
Só o santo autor da natureza
De tais obras, o homem e a mulher
São antigos e ricos patrimônios
Geram corpos em forma de hormônios
E criam seres sem dúvida sequer
O homem após esse mister
Perpetua a espécie com certeza
A mulher carinhosa e indefesa
Dá à luz uma vida, novo brilho
Nove meses no ventre aloja o filho
Pelo santo poder da natureza
O peixe é bastante diferente
Ninguém pode entender como é seu gênio
Ele reserva porções de oxigênio
E mutações para o meio ambiente
Tem mais cartilagem resistente
Habitando na orla ou profundeza
Devora outros peixes pra despesa
Tem a época do acasalamento
Revestido de escamas esse elemento
Com a força da santa natureza
O poroquê ou peixe-elétrico é um tipo genuíno
Habitante dos rios e águas pretas
E com ele possui certas plaquetas
Que o dotam de um mecanismo fino
Com tal cartilagem esse ladino
Faz contato com muita ligeireza
E quem tocá-lo padece de surpresa
Descarga mortífera absoluta
Sua auto voltagem eletrocuta
Com os fios da santa natureza
A tartaruga é gostosa, feia e mansa
Habitante dos rios e oceanos
Chega aos quatrocentos anos
Para ela é rotina, é confiança
Guarda ovos na areia e nen se cansa
De por eles zelar como defesa
Nascido os filhotes com presteza
Nas águas revoltas já se jogam
Por instinto da raça não se afogam
E também pelo poder da natureza
O canário é pássaro cantor
Diferente de garça e pelicano
Papagaio, arara e tucano
Todos eles com majestosa cor
O gavião é um tipo caçador
E columbiforme é a burguesa
O aquático flamingo é da represa
A águia rapace agigantada
Eis o mundo das aves a passarada
Quanto é grande, poderosa e bela a natureza
A gazela, o antílope e o impala
A zebra e o alce felizardo
Não habitam em comum com o leopardo
O leão e o tigre-de-bengala
O macaco faz tudo mas não fala
Por atraso da espécie, por fraqueza
Tem o búfalo aspecto de grandeza
O boi manso e o puma tão valente
Cada um de uma espécie diferente
Isso é coisa também da natureza
E acho também interessante
O réptil de aspecto esquisito
O pequeno tamanho do mosquito
A tromba prênsil do elefante
A saliva incolor do ruminante
A mosca nociva e indefesa
A cobra que ataca de surpresa
Aplicar o veneno é seu mister
De uma vez mata trinta se puder
Mas isso é coisa também da natureza
No nordeste há quem diga que o carão
Possui certos poderes encantados
E que através de fenômenos variados
Prevê a mudança de estação
De fato no auge do verão
Ele entoa seu cântico de tristeza
E de repente um milagre, uma surpresa
Cai a chuva benéfica e divina
Quem lhe diz, quem lhe mostra e quem lhe ensina?
É somente o autor da natureza
Quem é que não sabe que o morcego
Com o rato bastante se parece
Nas cavernas escuras sobe e desce
Sugar sangue dos outros é seu emprego
Às noites escuras tem apego
Asqueroso ele é tenho certeza
Tem na vista sintoma de fraqueza
Porém o seu ouvido é muito fino
Também tem um sonar aparelho pequenino
Que lhe deu o autor da natureza
E admiro a formiga pequenina
Fidalga inimiga da lavoura
No trabalho aplicada professora
Um exemplo de pura disciplina
Através das antenas se combina
Nos celeiros alheios faz limpeza
Formigueiro é a sua fortaleza
Onde cada uma delas tem emprego
Uma entra outra sai não tem sossego
O quanto é grande e bonita a natureza
E a aranha pequena, tão arguta
De finíssimos fios faz a teia
Nesse mundo almoça, janta e ceia
É ali que passeia, vive e luta
Labirinto intrincado ela executa
Seu trabalho é bordado em qualquer mesa
Quem pensar destruir-lhe a fortaleza
Perderá de uma vez toda a esperança
Sua rede é autêntica segurança
Operária das mãos da natureza
A planta firmada no junquilho
Begônia, tulipa, margarida
As pedras riquíssimas da jazida
Com a cor, o valor, a luz, o brilho
A prata e o ouro cor de milho
O brilhante, a opala e a turquesa
A pérola das jóias da princesa
É difícil, valiosíssima e até
Alguém pensa ser vidro mas não é
É um milagre da santa natureza
E o inseto do sono tsé-tsé
As flores gentis com seus narcóticos
As ervas que dão antibióticos
A mudança constante da maré
A feiura real do caboré
No pavão é enorme a boniteza
Tem o lince visão e agudeza
E o cachorro finíssima audição
Vigilante mal pago do patrão
Isso é coisa da natureza
A cigarra cantante dialoga
Através do seu canto intermitente
De inverno a verão canta contente
E a sua canção não sai da voga
Qualquer árvore é a sua sinagoga
Não procura comida pra despesa
Sua música é sinônimo de tristeza
Patativa da seca é o seu nome
Se deixar de cantar morre de fome
Mas a gente sabe que é da natureza
Fonte: Musixmatch
..........................................................................................
🐆 Rio das Onças 🐆
..............................................................................................
Preparem-se o barulho está chegando: disputa eleitoral
Os preparativos: Foto - Wikipédia |
Estamos em mais um ano de eleições, esse ano, para os cargos de prefeito, vice-prefeito e vereadores. Essas costumam ser as mais tensas porque a política envolve cargos e cargos envolvem os conhecidos e aqueles que ajudaram na campanha.
As pessoas que buscam um emprego junto a nova administração, agem e reagem a tudo de corpo e alma, porque seu pensamento não é político, é individual. O seu possível emprego que está em jogo, ela sente as críticas ao candidato dela, como críticas à pessoa dela. Pra esses cidadãos o nome do político tanto faz, contanto que não inflame as rusgas antigas, de outras eleições municipais.
Nas ruas, nos comícios, nos discursos,com as mesmas características políticas já adotadas como exemplo, vão-se os dedos e os anéis também.
Porém, o auge e o "termômetro" das eleições são as carreatas e motociatas. Principalmente o tamanho delas... as carreatas são o exemplo mais fiel da falta de respeito dos políticos e seguidores ao que é público e ao povo da cidade. Toda essa manifestação poderia acontecer, com muita alegria, mas sem tanto desespero pelo barulho.
É uma zoada grande. Motos em cima das calçadas, tanto buzinando como fechando e ligando o motor pra produzir um estouro na descarga. Gritos, bombas mil, além dos carros-de-som que pulverizam qualquer som, o importante é que seja alto.
É um inferno na terra. A zoada pertuba os seres humanos que estão acostumados, imagina os animais? Dá pra ver e ouvir a revoada de pássaros que dormem nas árvores. Cachorros e gatos acreditam firmemente que é o fim do mundo e age como tal, tremendo, correndo, grunindo e se escondendo.
É uma contradição generosa vinda dessas ações por parte dos candidatos ao cargo de administrador do município e senhores vereadores, "os fiscais da lei". Promoverem esse tipo de manifestação, democraticamente não é possível e certamente uma ação antipolítica.
Sinceramente, eu não vejo vantagem nenhuma. Primeiro, faz zoada, segundo, gasta muito dinheiro com bomba, carro de som e gasolina para os participantes da carreata. Além do perigo de acidente ou tumulto, quando os candidatos rivais estão com carreatas no mesmo dia. Um sestro ruim.
A única certeza é que tudo isso vai continuar acontecendo. A mentalidade de um povo é o que muda mais lentamente nos movimentos histórico-sociais.
Talvez uma campanha nacional, que envolvesse artistas de TV e cantores sertanejos em prol de disputas eleitorais sem barulho e sem gastos desnecessários, aí sim... as coisas iam mudando ano a ano. Mas esses são os primeiros a se aproveitarem de pequenas prefeituras... Arg.
Resta lamentar do formato das novas disputas e eleições, é que o que sobra em barulho, falta em debates, em troca de informações com os eleitores. A apresentação de propostas de governo e os objetivos que cada candidato pretende alcançar. Será que um dia voltaremos a ter uma política mais condensada e séria? Cuidadosa com o que realmente tem valor? Não sei responder.
Ano a ano foram diminuindo os debates e aumentando o barulho. Na falta do que dizer, grita-se.
..........................................................................................
🐆 Rio das Onças 🐆
..............................................................................................
Impressões iniciais da agricultura sintrópica
Crédito da Imagem: Articulação Nacional de Agroecologia |
Dito isto, posso afirmar que através do Centro de Estudos da Agricultura Sintrópica (CEPEAS), entre outras fontes de informação e orientação tive a oportunidade de assistir vídeos que demonstram as técnicas desenvolvidas por Göetsch e as transformações inacreditáveis de milhares de áreas degradadas pelo mal uso da terra, das queimadas, da exploração de monoculturas e gado, enfim, da agricultura convencional.
Na verdade o homem vem praticando, basicamente, as mesmas técnicas na agricultura nos últimos 12.000 anos. Técnica essa que degrada o solo, provoca as erosões e dizimam os minerais, microorganismos e insetos responsáveis pela produção e sustentação de um bom solo para o desenvolvimento de futuras plantações. As técnicas desenvolvidas por Göetsch vão exatamente no sentido contrário.
Ele parte do princípio da "agriculura feita por processos" tendo como objetivo final o desenvolvimento natural das florestas. As característica e funções de reposição e liberação de energia e matéria orgânica para propiciar a recomposição do solo.
Depois de décadas de estudos e pesquisas em campo, Ernest conseguiu através da chamada "agricultura sintrópica" o acumulo de biomassa e espécies de árvores e outras culturas em um espaço adensado em que todas as plantas trabalhem em simbiose.
Segundo Ernest, entre os princípios deste tipo de agricultura, exige do agricultor 5% de esforço de plantio e 95% de esforço de manejo das espécies plantadas, repondo esse material de volta no solo em forma de adubo vegetal, cobertura de solo, demarcação das linhas plantadas etc.
Formando, com as podas e roçagens superficiais do mato nativo, uma camada protetora da terra contra a incidência da luz do sol na terra nua, o que provoca uma grande evaporação da água do subsolo e compactação dos seus compostos orgânicos e minerais.
Hoje, em todo o Brasil, existem centenas, talvez milhares, de agricultores que estão aderindo às novas técnicas da agricultura sintrópica, chamada também de SAFs (Sistemas Agroflorestais) ou de "agricultura regenerativa", entre vários outros nomes.
Por exigir uma boa quantidade de mão de obra, esse tipo de iniciativa está sendo utilizada por Movimentos e Associações de Agricultores que têm pequenas ou médias propriedades, a chamada Agricultura Familiar.
É notório o boicote por parte de mídias de todos os tipos, patrocinados provavelmente por grandes empresas da agropecuária, dessas ideias que podem trazer uma verdadeira revolução verde e desembaraçar de vez a insegurança alimentar em que vivem milhões de brasileiros.
Hoje, a luta é entre o grande poder do capital e as iniciativas da agricultura limpa. Sem o uso de agrotóxicos, nem outros insumos criados para perpetuar a morte do planeta.
Brotaram o ódio
Foto: Takumã Kuikuro - Pública. |
O acúmulo das desonfiaças e suspeitas lançadas sobre os Trabalhadores fez sugir um ódio enraizado na ignorância, nas respostas fáceis, na mentira, na solidificação do estatus quo desta nova onda fascista que se alastrou sobre 1/4 da população brasileira que apoia o atual usurpador da Presidência da República do Brasil. É bom lembrar que a última manifestação deste tipo de pensamento totalitário e violento no Brasil, foi extinto com a implantação do Estado Novo, fazendo os denominados Integralistas voltarem para a invisilidade na vida político-social.
Pensamento definitivamente enterrado com as ascenções e derrotas do fascismo na Itália e do nazifascismo alemão que provocaram um dos piores momentos da humanidade durante a Segundo Grande Guerra (1939/1945).
A violência extrema passou a dominar a realidade do dia a dia dos brasileiros, fomentados, cultivados, insuflados e respaldados pelo insuperável ódio de classe (contra a classe trabalhadora), que apostou tudo. Desde um projeto de país soberano, então em construção nos três mandatos do governo popular dos trabalhadores, até a opção da classe dominante, aliada a seus políticos e meios de comunicação, de jogar tudo isso fora e apostar no caos do país e dos brasileiros.
A divisão e a confusão das informações, a derrota eleitoral dos articuladores do golpe contra a Dilma Rousseff de 2016, foram obrigados a apoiar a escória do crime, os que transformariam o Brasil em uma verdadeira caquistocracia (governo dos piores) a ascender ao poder e dar continuidade ao desmonte do país, tanto em direitos trabalhistas, individuais, assim como, nas estruturas de Seguridade Social e dos trabalhadores.
Agora, precisamos conviver com pessoas que vem sendo enganada há anos e que têm como certa que estão do lado da verdade fática do Brasil e do mundo.