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A prática de Aproveitar-se



Imagem Frank_Reppold  instagram.com/solarismutabor/Feel free to serve yourself. Your coffee - in Pixbay



A vida é surpreendente, principalmente, nesse modelo de sociedade em que estamos inseridos. Caso não tenha uma válvula de escape, somos levados a um estado doentio, de traumas e que vão se acumulando até se manifestarem fisicamente em forma de doenças.

Para que possamos viver uma vida mais saudável é necessário mais humanismo. Estamos vivenciando um período onde o egoísmo vem assumindo um caráter primordial para o empresário empreendedor de sucesso. Um estilo que não respeita os outros, está sempre pronto a atacar o outro, principalmente se o outro pensa diferente. 

Lembro que na pré-adolescência era estudado e incentivado o trabalho em equipe, o lema era "ninguém é uma ilha", entre outras ações na escola que reforçaram essa ideia de uma sociedade solidária.

Hoje, bem diferente, a ideologia neoliberal e seus modos de vida que giram em torno do aproveitar-se da ocasião. Aliás, aproveitar-se da ocasião vem sendo praticado no Brasil desde a formação das primeiras administrações da colônia.

Engana-se muito, quem usa a ideia do senso comum, montada pela História oficial, que o grande volume de presos e degredados que foram banidos para o recém Brasil foram responsáveis pela cultura do roubo. Esses não tinha meios e partiram, em muitos casos, para a formação de bandos de salteadores, isso quando não encontravam nenhuma ocupação.

Quem tinha os meios e as oportunidades eram os indivíduos que ocupavam os cargos da administração e seus representantes nas diversas hierarquias e cargos. Além disso, havia uma preocupação até do Bispado do Recife com relação as contas dos tributos coletados nas Paróquias.

Podemos observar esse fenômeno quando existe uma situação de emergência como foi na pandemia. O litro de alcoól custava aproximadamente R$  4,50, assim como vários produtos relacionados. Então, com a pandemia, o litro e álcool chegou a custar R$ 20,00. Esse é o aproveitar-se.

Temos também o exemplo do Rio Grande do Sul durante a catástrofe da enchete que matou e devastou cidades inteiras. Pessoas que se apoderaram das doações do governo para vender esses produtos aos desabrigados.

Aqui no Ceará, temos a comprovação da corrupção existente entre as mercadorias que eram levadas para os infames Redutos dos flagelados da seca de 1877/78/79. Foi compravado e ficamos estarrecidos com a crueldade dos fiscais dos Campos de Concetrçãoes que se aproitavam da situação para estuprar meninas, meninos e mulheres, por um prato de comida. Esse é o aproveitar-se dos brasileiros.

Recomendo o livro do nobre colega Cincinato Ferreira Neto na sua obra espetacular de pesquisa intitulada "A Tragédia dos Mil Dias - A seca de 1877-79 no Ceará". Infelizmente os últimos exemplares já estavam sendo vendidos, porém o autor me assegurou que tinha planos de outra tiragem deste trabalho já estava sendo pensado.

Muitas famílias hoje ricas, começaram suas fortunas nesses aproveitamentos, como é constatado a abertura de armazéns particulares com os produtos que seriam para o consumo dos flagelados.

Não sei se esse país ainda pode recuperar-se deste profundo trauma e do profundo costume que a nós foi imprimido. Passar por uma profunda depuração da sua mentalidade, não sei, que o futuro nos conte. Esse meu desconfiar está calcado no fato da solidez desse estamento sócio-cultural do Brasil.



             Pois penso que o desafio do Brasil é apagar essa sombra do individualismo neoliberal e começar a investir na humanização e colaboração de seu povo. Não haverá futuro para o Brasil que não passe pelo povo brasileiro.


Futuro.bomb.com



Foto: Guerra, Apocalipse - PixBay20 and. PixBay

Segunda década do século XXI e continuamos com um pé atolado nos primórdios da civilização, enquanto o outro pé está protegido pelas armas de tecnologia avançada. Controladas remotamente e com carga variada e letal. Diabolicamente elaboradas para levar explosivos                  diversos, ogivas, armas químicas e biológicas com alto poder de extermínio da vida.

Será este o nosso destino? Já sabemos que até hoje, depois da economia/capital, as guerras vêm sendo o pivô e a alavanca das novas descobertas e avanços sociais. Como no caso da medicina, engenharia, entre tantas outras áreas do conhecimento humano que tiveram suas maiores revoluções depois de se submeterem às tecnologias empregadas na indústria para fins armamentista.

Sendo assim, o objetivo final de todo esse conhecimento dito “humano” é a destruição, a morte, a fome, a sede... humanos completamente desabrigados, sem bens materiais. Tudo isso resume o objetivo deste conhecimento: a guerra. Um fim totalmente contrário ao humano, mas extremamente lucrativo.

Os Exércitos sempre foram decisivos e indispensáveis no movimento da história no decorrer dos séculos, porém, com o desenvolvimento da sociedade e do tempo em que está envolvida, evoluímos também nossos pensamentos. A grande maioria das gerações atuais são contra as ações militares, substituídas pelas conversas diplomáticas entre as partes envolvidas no conflito.

Esses aparatos militares e seus contingentes deveriam ser reduzidos, claro, com planos de reativação imediata por alguma emergência. Os gastos direcionados para essa área não são justificados, tanto pelo trabalho desenvolvido, quanto pelo retorno do objetivo desses trabalhos, que se concretizam na existência de uma guerra.

O Brasil é um país que até hoje só participou de uma única guerra. Não somos um país belicoso, agressivo ou que pretende um caminho de expansão territorial. O que justificaria essa existência da Força Nacional seria a Defesa da nossa Soberania Nacional e de nossas Riquezas Naturais, se por ventura formos atacados por outro país para este fim. Por ora, o Exército brasileiro tem agredido muito mais cidadãos de seu próprio país, do que estrangeiros.

A nossa Constituição determina a paz como caminho a ser seguido. As Armas, deveriam estar em repouso, como exemplo do Exército suíço, que não existe oficialmente, porém o treino o desenvolvimento de técnicas de ação de defesa e ataque aprendidos pelos cidadãos, capacita cada indivíduo a levar para casa um fuzil com munição, que deve manter a manutenção regular do equipamento e devida e se submeter a fiscalização.

Em caso de alguma emergência no Estado, cada cidadão, homens e mulheres, estão treinados e armados para defender o país. No entanto, não podemos fazer qualquer comparação com outros países, já que precisamos levar em consideração as distintas realidades de cada Estado.

Não podemos comparar o Exército alemão, com o Exército brasileiro. Pois não se trata só do Órgão Exército brasileiro, mas de todo o sistema constitucional e da superestrutura republicana do país. Seus cidadãos, dos seus funcionários, de seus carácteres, de suas morais, da ética com que dedicam seus trabalhos ao bem comum: público.

Em uma guerra, muito mais importante do que só equipamentos e armamentos eficientes. A inteligência é a coordenadora das ações decisivas mediante as estratégias, da criatividade, a capacidade de resolução de problemas em situação de estresse, para planejar e replanejar as melhores ações de guerra a serem tomadas.

Como esta ação não é estática, as mudanças de plano e rápidas tomadas de decisão, constituem a espinha dorsal da condução das Forças, diante do combate no front na cara de um outro Exército.

Acredito ser completamente ultrapassado esse modelo de decisão entre países. Somos nós seres realmente evoluídos?  

Continuando... estamos no século 21, será? Dentre todas as áreas da sociedade a única que não evoluiu no tempo foi, em sua forma, os Exércitos e a guerra.

Uma guerra é uma guerra não importa o tempo em que aconteceu. Por exemplo, em essência uma guerra no Egito antigo é igual a uma guerra acontecida hoje, como a que está acontecendo no Afeganistão. Os pontos fundamentais são os mesmos: interesses, discórdia, rompimento e retaliação.

Seria muito mais inteligente e barato, os representantes de cada país disputarem uma partida de xadrez. Quem ganhar leva. Brincadeiras à parte (mas não tão brincadeiras assim), temos a indústria armamentista que não vai deixar qualquer outro modelo anular a lógica em que ela sobrevive.

Essa indústria é a que mais tem lucros entre todas as áreas da economia. A movimentação de capital dessa indústria determina a “vontade” dos governos.


Essa deve ser a meta futura, mas que comece agora, de países inteligentes o suficiente para imporem suas vontades através da sua integridade humana – tá ruim. Isso realmente é utópico, mas não no sentido conceitual de Marx, e sim do entendimento de Émile Durkheim. Ou seja, é uma utopia (ou seja, impossível de acontecer) hoje, ou em dias vindouros.

Porém capaz e possível de acontecer em outro tempo futuro da história.
Enquanto isso, vamos levando essa realidade hipócrita e corrupta. Com essa sociedade de máscaras prontas, é preciso boiaaaarrr... e até diria Augusto dos Anjos: “O homem que vive nesta terra miserável, mora entre feras, sente inevitável necessidade de também ser fera”.

Não há como escapar da convivência, logo do contato, com seres que precisam ainda conquistarem o título de humanos. Porque seus atos e ações distorcem muito de suas máscaras sociais e discursos vazios.


Em frente.

Bento BarbaRussas

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🐆 Rio das Onças 🐆
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Sabedoria Popular - trecho do Poema "Natureza", Xangai

Declamação de um pequeno trecho do poema/canção: Natureza, de Xangai.




Segue abaixo a letra completa desta ode à natureza:


Natureza


É o céu uma abóbada aureolada
Rodeada de gases venenosos
Radiantes planetas luminosos
Gravidade na cósmica camada
Galáxia também hidrogenada
Como é lindo o espaço azul-turquesa
E o sol fulgurante tocha acesa
Flamejando sem pausa e sem escala
Quem de nós pensaria em apagá-la
Só o santo autor da natureza

De tais obras, o homem e a mulher
São antigos e ricos patrimônios
Geram corpos em forma de hormônios
E criam seres sem dúvida sequer
O homem após esse mister
Perpetua a espécie com certeza
A mulher carinhosa e indefesa
Dá à luz uma vida, novo brilho
Nove meses no ventre aloja o filho
Pelo santo poder da natureza

O peixe é bastante diferente
Ninguém pode entender como é seu gênio
Ele reserva porções de oxigênio
E mutações para o meio ambiente
Tem mais cartilagem resistente
Habitando na orla ou profundeza
Devora outros peixes pra despesa
Tem a época do acasalamento
Revestido de escamas esse elemento
Com a força da santa natureza

O poroquê ou peixe-elétrico é um tipo genuíno
Habitante dos rios e águas pretas
E com ele possui certas plaquetas
Que o dotam de um mecanismo fino
Com tal cartilagem esse ladino
Faz contato com muita ligeireza
E quem tocá-lo padece de surpresa
Descarga mortífera absoluta
Sua auto voltagem eletrocuta
Com os fios da santa natureza

A tartaruga é gostosa, feia e mansa
Habitante dos rios e oceanos
Chega aos quatrocentos anos
Para ela é rotina, é confiança
Guarda ovos na areia e nen se cansa
De por eles zelar como defesa
Nascido os filhotes com presteza
Nas águas revoltas já se jogam
Por instinto da raça não se afogam
E também pelo poder da natureza

O canário é pássaro cantor
Diferente de garça e pelicano
Papagaio, arara e tucano
Todos eles com majestosa cor
O gavião é um tipo caçador
E columbiforme é a burguesa
O aquático flamingo é da represa
A águia rapace agigantada
Eis o mundo das aves a passarada
Quanto é grande, poderosa e bela a natureza

A gazela, o antílope e o impala
A zebra e o alce felizardo
Não habitam em comum com o leopardo
O leão e o tigre-de-bengala
O macaco faz tudo mas não fala
Por atraso da espécie, por fraqueza
Tem o búfalo aspecto de grandeza
O boi manso e o puma tão valente
Cada um de uma espécie diferente
Isso é coisa também da natureza

E acho também interessante
O réptil de aspecto esquisito
O pequeno tamanho do mosquito
A tromba prênsil do elefante
A saliva incolor do ruminante
A mosca nociva e indefesa
A cobra que ataca de surpresa
Aplicar o veneno é seu mister
De uma vez mata trinta se puder
Mas isso é coisa também da natureza

No nordeste há quem diga que o carão
Possui certos poderes encantados
E que através de fenômenos variados
Prevê a mudança de estação
De fato no auge do verão
Ele entoa seu cântico de tristeza
E de repente um milagre, uma surpresa
Cai a chuva benéfica e divina
Quem lhe diz, quem lhe mostra e quem lhe ensina?
É somente o autor da natureza

Quem é que não sabe que o morcego
Com o rato bastante se parece
Nas cavernas escuras sobe e desce
Sugar sangue dos outros é seu emprego
Às noites escuras tem apego
Asqueroso ele é tenho certeza
Tem na vista sintoma de fraqueza
Porém o seu ouvido é muito fino
Também tem um sonar aparelho pequenino
Que lhe deu o autor da natureza

E admiro a formiga pequenina
Fidalga inimiga da lavoura
No trabalho aplicada professora
Um exemplo de pura disciplina
Através das antenas se combina
Nos celeiros alheios faz limpeza
Formigueiro é a sua fortaleza
Onde cada uma delas tem emprego
Uma entra outra sai não tem sossego
O quanto é grande e bonita a natureza

E a aranha pequena, tão arguta
De finíssimos fios faz a teia
Nesse mundo almoça, janta e ceia
É ali que passeia, vive e luta
Labirinto intrincado ela executa
Seu trabalho é bordado em qualquer mesa
Quem pensar destruir-lhe a fortaleza
Perderá de uma vez toda a esperança
Sua rede é autêntica segurança
Operária das mãos da natureza

A planta firmada no junquilho
Begônia, tulipa, margarida
As pedras riquíssimas da jazida
Com a cor, o valor, a luz, o brilho
A prata e o ouro cor de milho
O brilhante, a opala e a turquesa
A pérola das jóias da princesa
É difícil, valiosíssima e até
Alguém pensa ser vidro mas não é
É um milagre da santa natureza

E o inseto do sono tsé-tsé
As flores gentis com seus narcóticos
As ervas que dão antibióticos
A mudança constante da maré
A feiura real do caboré
No pavão é enorme a boniteza
Tem o lince visão e agudeza
E o cachorro finíssima audição
Vigilante mal pago do patrão
Isso é coisa da natureza

A cigarra cantante dialoga
Através do seu canto intermitente
De inverno a verão canta contente
E a sua canção não sai da voga
Qualquer árvore é a sua sinagoga
Não procura comida pra despesa
Sua música é sinônimo de tristeza
Patativa da seca é o seu nome
Se deixar de cantar morre de fome
Mas a gente sabe que é da natureza

Fonte: Musixmatch

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Preparem-se o barulho está chegando: disputa eleitoral


Os preparativos: Foto - Wikipédia


Estamos em mais um ano de eleições, esse ano, para os cargos de prefeito, vice-prefeito e vereadores. Essas costumam ser as mais tensas porque a política envolve cargos e cargos envolvem os conhecidos e aqueles que ajudaram na campanha.

As pessoas que buscam um emprego junto a nova administração, agem e reagem a tudo de corpo e alma, porque seu pensamento não é político, é individual. O seu possível emprego que está em jogo, ela sente as críticas ao candidato dela, como críticas à pessoa dela. Pra esses cidadãos o nome do político tanto faz, contanto que não inflame as rusgas antigas, de outras eleições municipais.

Nas ruas, nos comícios, nos discursos,com as mesmas características políticas já adotadas como exemplo, vão-se os dedos e os anéis também.

Porém, o auge e o "termômetro" das eleições são as carreatas e motociatas. Principalmente o tamanho delas... as carreatas são o exemplo mais fiel da falta de respeito dos políticos e seguidores ao que é público e ao povo da cidade. Toda essa manifestação poderia acontecer, com muita alegria, mas sem tanto desespero pelo barulho.

É uma zoada grande. Motos em cima das calçadas, tanto buzinando como fechando e ligando o motor pra produzir um estouro na descarga. Gritos, bombas mil, além dos carros-de-som que pulverizam qualquer som, o importante é que seja alto.

É um inferno na terra. A zoada pertuba os seres humanos que estão acostumados, imagina os animais? Dá pra ver e ouvir a revoada de pássaros que dormem nas árvores. Cachorros e gatos acreditam firmemente que é o fim do mundo e age como tal, tremendo, correndo, grunindo e se escondendo.

É uma contradição generosa vinda dessas ações por parte dos candidatos ao cargo de administrador do município e senhores vereadores, "os fiscais da lei". Promoverem esse tipo de manifestação, democraticamente não é possível e certamente uma ação antipolítica.

Sinceramente, eu não vejo vantagem nenhuma. Primeiro, faz zoada, segundo, gasta muito dinheiro com bomba, carro de som e gasolina para os participantes da carreata. Além do perigo de acidente ou tumulto, quando os candidatos rivais estão com carreatas no mesmo dia. Um sestro ruim.

A única certeza é que tudo isso vai continuar acontecendo. A mentalidade de um povo é o que muda mais lentamente nos movimentos histórico-sociais.

Talvez uma campanha nacional, que envolvesse artistas de TV e cantores sertanejos em prol de disputas eleitorais sem barulho e sem gastos desnecessários, aí sim... as coisas iam mudando ano a ano. Mas esses são os primeiros a se aproveitarem de pequenas prefeituras... Arg.

Resta lamentar do formato das novas disputas e eleições, é que o que sobra em barulho, falta em debates, em troca de informações com os eleitores. A apresentação de propostas de governo e os objetivos que cada candidato pretende alcançar. Será que um dia voltaremos a ter uma política mais condensada e séria? Cuidadosa com o que realmente tem valor? Não sei responder.

Ano a ano foram diminuindo os debates e aumentando o barulho. Na falta do que dizer, grita-se.

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Impressões iniciais da agricultura sintrópica


Crédito da Imagem: Articulação Nacional de Agroecologia

O advento deste novo sistema de produção alimentar foi de um impacto devastador para mim, principalmente por morar em uma região onde a grande maioria do povo têm problemas nutricionais ou são castigados pela insegurança alimentar. A característica do clima, que provoca as secas calamitosas e os milhões de conterrâneos que morreram em decorrência delas.

Este método testado e desenvolvido há décadas pelo suiço Ernest Göetsch, que monitora áreas criadas por ele na África, Arábia Saudita, entre vários países da América Latina, estabelecendo-se no Brasil no início da década de 1980, mas precisamente na Bahia.

Dito isto, posso afirmar que através do Centro de Estudos da Agricultura Sintrópica (CEPEAS), entre outras fontes de informação e orientação tive a oportunidade de assistir vídeos que demonstram as técnicas desenvolvidas por Göetsch e as transformações inacreditáveis de milhares de áreas degradadas pelo mal uso da terra, das queimadas, da exploração de monoculturas e gado, enfim, da agricultura convencional.

Na verdade o homem vem praticando, basicamente, as mesmas técnicas na agricultura nos últimos 12.000 anos. Técnica essa que degrada o solo, provoca as erosões e dizimam os minerais, microorganismos e insetos responsáveis pela produção e sustentação de um bom solo para o desenvolvimento de futuras plantações. As técnicas desenvolvidas por Göetsch vão exatamente no sentido contrário.

Ele parte do princípio da "agriculura feita por processos" tendo como objetivo final o desenvolvimento natural das florestas. As característica e funções de reposição e liberação de energia e matéria orgânica para propiciar a recomposição do solo.

Depois de décadas de estudos e pesquisas em campo, Ernest conseguiu através da chamada "agricultura sintrópica" o acumulo de biomassa e espécies de árvores e outras culturas em um espaço adensado em que todas as plantas trabalhem em simbiose.

Segundo Ernest, entre os princípios deste tipo de agricultura, exige do agricultor 5% de esforço de plantio e 95% de esforço de manejo das espécies plantadas, repondo esse material de volta no solo em forma de adubo vegetal, cobertura de solo, demarcação das linhas plantadas etc. 

Formando, com as podas e roçagens superficiais do mato nativo, uma camada protetora da terra contra a incidência da luz do sol na terra nua, o que provoca uma grande evaporação da água do subsolo e compactação dos seus compostos orgânicos e minerais.

Hoje, em todo o Brasil, existem centenas, talvez milhares, de agricultores que estão aderindo às novas técnicas da agricultura sintrópica, chamada também de SAFs (Sistemas Agroflorestais) ou de "agricultura regenerativa", entre vários outros nomes.

Por exigir uma boa quantidade de mão de obra, esse tipo de iniciativa está sendo utilizada por Movimentos e Associações de Agricultores que têm pequenas ou médias propriedades, a chamada Agricultura Familiar.

É notório o boicote por parte de mídias de todos os tipos, patrocinados provavelmente por grandes empresas da agropecuária, dessas ideias que podem trazer uma verdadeira revolução verde e desembaraçar de vez a insegurança alimentar em que vivem milhões de brasileiros.

Hoje, a luta é entre o grande poder do capital e as iniciativas da agricultura limpa. Sem o uso de agrotóxicos, nem outros insumos criados para perpetuar a morte do planeta.

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Brotaram o ódio

Foto: Takumã Kuikuro - Pública.

A pretensa política introduzida no Brasil, com mais ferocidade, no ano de 2013, aliado aos anos e anos de notícias virulentas e caluniosas da imprensa hereditária (como diz Altamiro Borges), provocou uma enxurrada de informações criminalizadoras do Partido dos Trabalhadores e, principalmente, seu principal líder Luíz Inácio Lula da Silva (76).

O acúmulo das desonfiaças e suspeitas lançadas sobre os Trabalhadores fez sugir um ódio enraizado na ignorância, nas respostas fáceis, na mentira, na solidificação do estatus quo desta nova onda fascista que se alastrou sobre 1/4 da população brasileira que apoia o atual usurpador da Presidência da República do Brasil. É bom lembrar que a última manifestação deste tipo de pensamento totalitário e violento no Brasil, foi extinto com a implantação do Estado Novo, fazendo os denominados Integralistas voltarem para a invisilidade na vida político-social.

Pensamento definitivamente enterrado com as ascenções e derrotas do fascismo na Itália e do nazifascismo alemão que provocaram um dos piores momentos da humanidade durante a Segundo Grande Guerra (1939/1945).

A violência extrema passou a dominar a realidade do dia a dia dos brasileiros, fomentados, cultivados, insuflados e respaldados pelo insuperável ódio de classe (contra a classe trabalhadora), que apostou tudo. Desde um projeto de país soberano, então em construção nos três mandatos do governo popular dos trabalhadores, até a opção da classe dominante, aliada a seus políticos e meios de comunicação, de jogar tudo isso fora e apostar no caos do país e dos brasileiros.

A divisão e a confusão das informações, a derrota eleitoral dos articuladores do golpe contra a Dilma Rousseff de 2016, foram obrigados a apoiar a escória do crime, os que transformariam o Brasil em uma verdadeira caquistocracia (governo dos piores) a ascender ao poder e dar continuidade ao desmonte do país, tanto em direitos trabalhistas, individuais, assim como, nas estruturas de Seguridade Social e dos trabalhadores.

Agora, precisamos conviver com pessoas que vem sendo enganada há anos e que têm como certa que estão do lado da verdade fática do Brasil e do mundo.