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Sabedoria Popular - trecho do Poema "Natureza", Xangai

Declamação de um pequeno trecho do poema/canção: Natureza, de Xangai.




Segue abaixo a letra completa desta ode à natureza:


Natureza


É o céu uma abóbada aureolada
Rodeada de gases venenosos
Radiantes planetas luminosos
Gravidade na cósmica camada
Galáxia também hidrogenada
Como é lindo o espaço azul-turquesa
E o sol fulgurante tocha acesa
Flamejando sem pausa e sem escala
Quem de nós pensaria em apagá-la
Só o santo autor da natureza

De tais obras, o homem e a mulher
São antigos e ricos patrimônios
Geram corpos em forma de hormônios
E criam seres sem dúvida sequer
O homem após esse mister
Perpetua a espécie com certeza
A mulher carinhosa e indefesa
Dá à luz uma vida, novo brilho
Nove meses no ventre aloja o filho
Pelo santo poder da natureza

O peixe é bastante diferente
Ninguém pode entender como é seu gênio
Ele reserva porções de oxigênio
E mutações para o meio ambiente
Tem mais cartilagem resistente
Habitando na orla ou profundeza
Devora outros peixes pra despesa
Tem a época do acasalamento
Revestido de escamas esse elemento
Com a força da santa natureza

O poroquê ou peixe-elétrico é um tipo genuíno
Habitante dos rios e águas pretas
E com ele possui certas plaquetas
Que o dotam de um mecanismo fino
Com tal cartilagem esse ladino
Faz contato com muita ligeireza
E quem tocá-lo padece de surpresa
Descarga mortífera absoluta
Sua auto voltagem eletrocuta
Com os fios da santa natureza

A tartaruga é gostosa, feia e mansa
Habitante dos rios e oceanos
Chega aos quatrocentos anos
Para ela é rotina, é confiança
Guarda ovos na areia e nen se cansa
De por eles zelar como defesa
Nascido os filhotes com presteza
Nas águas revoltas já se jogam
Por instinto da raça não se afogam
E também pelo poder da natureza

O canário é pássaro cantor
Diferente de garça e pelicano
Papagaio, arara e tucano
Todos eles com majestosa cor
O gavião é um tipo caçador
E columbiforme é a burguesa
O aquático flamingo é da represa
A águia rapace agigantada
Eis o mundo das aves a passarada
Quanto é grande, poderosa e bela a natureza

A gazela, o antílope e o impala
A zebra e o alce felizardo
Não habitam em comum com o leopardo
O leão e o tigre-de-bengala
O macaco faz tudo mas não fala
Por atraso da espécie, por fraqueza
Tem o búfalo aspecto de grandeza
O boi manso e o puma tão valente
Cada um de uma espécie diferente
Isso é coisa também da natureza

E acho também interessante
O réptil de aspecto esquisito
O pequeno tamanho do mosquito
A tromba prênsil do elefante
A saliva incolor do ruminante
A mosca nociva e indefesa
A cobra que ataca de surpresa
Aplicar o veneno é seu mister
De uma vez mata trinta se puder
Mas isso é coisa também da natureza

No nordeste há quem diga que o carão
Possui certos poderes encantados
E que através de fenômenos variados
Prevê a mudança de estação
De fato no auge do verão
Ele entoa seu cântico de tristeza
E de repente um milagre, uma surpresa
Cai a chuva benéfica e divina
Quem lhe diz, quem lhe mostra e quem lhe ensina?
É somente o autor da natureza

Quem é que não sabe que o morcego
Com o rato bastante se parece
Nas cavernas escuras sobe e desce
Sugar sangue dos outros é seu emprego
Às noites escuras tem apego
Asqueroso ele é tenho certeza
Tem na vista sintoma de fraqueza
Porém o seu ouvido é muito fino
Também tem um sonar aparelho pequenino
Que lhe deu o autor da natureza

E admiro a formiga pequenina
Fidalga inimiga da lavoura
No trabalho aplicada professora
Um exemplo de pura disciplina
Através das antenas se combina
Nos celeiros alheios faz limpeza
Formigueiro é a sua fortaleza
Onde cada uma delas tem emprego
Uma entra outra sai não tem sossego
O quanto é grande e bonita a natureza

E a aranha pequena, tão arguta
De finíssimos fios faz a teia
Nesse mundo almoça, janta e ceia
É ali que passeia, vive e luta
Labirinto intrincado ela executa
Seu trabalho é bordado em qualquer mesa
Quem pensar destruir-lhe a fortaleza
Perderá de uma vez toda a esperança
Sua rede é autêntica segurança
Operária das mãos da natureza

A planta firmada no junquilho
Begônia, tulipa, margarida
As pedras riquíssimas da jazida
Com a cor, o valor, a luz, o brilho
A prata e o ouro cor de milho
O brilhante, a opala e a turquesa
A pérola das jóias da princesa
É difícil, valiosíssima e até
Alguém pensa ser vidro mas não é
É um milagre da santa natureza

E o inseto do sono tsé-tsé
As flores gentis com seus narcóticos
As ervas que dão antibióticos
A mudança constante da maré
A feiura real do caboré
No pavão é enorme a boniteza
Tem o lince visão e agudeza
E o cachorro finíssima audição
Vigilante mal pago do patrão
Isso é coisa da natureza

A cigarra cantante dialoga
Através do seu canto intermitente
De inverno a verão canta contente
E a sua canção não sai da voga
Qualquer árvore é a sua sinagoga
Não procura comida pra despesa
Sua música é sinônimo de tristeza
Patativa da seca é o seu nome
Se deixar de cantar morre de fome
Mas a gente sabe que é da natureza

Fonte: Musixmatch

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Reflexões sobre a vida: Saiu da cidade em busca de realizar seu sonho na roça EP1

"A gente diz que tá sujo, que precisa tirar o mato, que o terreiro está sujo... Poxa vida, eu fico pensando assim, mas eu que acredito tanto em Deus, fui criado dentro de igreja, tal, né? Achar que o que Deus fez é sujo... Cê imagina, como é que pode a gente chegá num estado de consciência tão... sem palavras, a gente não tem nem adjetivos para falar sobre isso!" 

Trilha sonora do Thyagi Ryan    / @aprendizagemviva   Assista aqui no link a parte 2 deste video    • SAIU DA CIDADE EM BUSCA DE REALIZAR S...  



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DIY Forno Rocket 🚀/economia em lenha e fumaça zero




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O projeto geopolítico para a América Latina - Audiência Pública


Trecho da Audiência Públia na Comissão de Finananças e Tributação da Câmara dos Deputados do dia 30 de agosto de 2023. 

Aula minuciosa com base em fatos históricos e números apontam o projeto que envolve manter os juros altos no Brasil se depender de um BC "independente" e muitas outras informações sobre o contexto geopolítico do Brasil e da América Latina hoje.

Fonte: Revista Fórum https://revistaforum.com.br/



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Poema narrado: Retrato do Artista quando Coisa - Manoel de Barros




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Russas em Ângulos: Uma história em fotos



Caminhão Misto (passageiro e carga) que fazia o transporte entre Russas e Fortaleza na década de 1950 - Foto: Memorial Fotográfico do Trasporte Coletivo de Passageiros do Ceará.


Em comemoração aos 222 anos de emancipação política de Russas - CE.

Créditos das Imagens: Mauro Angeli - Ivelto Silva - Diego Ferreira - Adriano Studio - Evandro Silva - Angélica Gonçalves - José Maria de Almeida - Fátima Gonçalves - Associação dos Transportes Públicos de Passageiros do Estado do Ceará.

Crédito Música: Efeito Tempo - Banda BEHÚ



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Contexto Histórico - 222 anos de emancipação política de Russas







Nesse ano de 2023, quando Russas e os russanos comemoram os seus 222 anos de emancipação política, gostaria de falar um pouco dessa história que tem algumas curiosidades. Acredito que é importante para o ensino da História Local que a gente coloque sempre um vínculo entre a nossa história, a história do Brasil e a do mundo neste mesmo período estudado.

O bojetivo é passar a ideia de que nós aqui em Russas e na nossa região estamos inseridos num contexto bem maior, fazendo com que o aluno amplie o seu olhar para a sua própria história. Um enredo maior, um processo de construção feito em disputas externas e internas, que influenciaram diretamente no desenrolar da nossa história local. Afinal, a data de 06 de agosto de 1801 envolve muitos outros eventos do Brasil colônia e na política da metrópole em Portugal.

­­Essa história começa algumas décadas antes da data comemorativa atual.

O ano de 1750 ficou na história oficial do Brasil e de Portugal como data da chegada à administração do Estado português de Sebastião José de Carvalho e Melo, o Marquês de Pombal. Título que só recebeu dezenove anos em 1769, ele foi o responsável pelas reformas que teve consequências diretas no Brasil, principalmente, depois do grande terremoto que devastou a capital Lisboa em 1755.


Terremoto de 1755 deixou entre 10 mil e 70 mil mortos e destruiu cerca de 85% das construções de Lisboa - Wikimedia Commons
Compliado da Página: Aventuras na Históira

A necessidade de ter mais controle sobre as colônias para angariar recursos se tornou a política de interesse número um de Portugal. Uma dessas medidas na mudança administrativa foi um decreto de criação de Vilas nas regiões de fluxo de produtos a serem taxados, retirando-as do controle absoluto da Igreja. Uma forma de alcançar os pontos mais inacessíveis para um maior controle e arrecadação.

Para a Freguesia da Ribeira do Jaguaribe veio um decreto para que o vigário conduzisse junto ao Capitão-mor do Ceará a criação de uma comissão para a eleição de uma câmara. O protocolo mandava que o vigário fixasse, como de costume, uma cópia do decreto na porta principal da igreja Matriz. Além de comunicados verbais depois das missas e nos locais públicos.

O Vigário na época, Manoel da Fonseca Jaime, apenas registrou na ata da paróquia sem usar outros meios de comunicar à população sobre o decreto. Não interessava a nenhuma das forças políticas local e da Capitania nessa emancipação, pois todos os outros cargos que faziam parte da administração da capitania já estavam bem acomodados com seus devidos apadrinhados políticos.

O fato é que naquele momento os olhos da administração portuguesa estavam voltados principalmente para os desvios nas recém-descobertas minas de ouro e pedras preciosas das Terras Gerais, futura Minas Gerais. Não se deu muita atenção a esta região do sertão cearense. O motivo do Pe. Manoel da Fonseca não querer a instalação da Vila era a divisão do poder do vigário, logo da Igreja, na administração desta freguesia.

Uma vez eleita uma câmara e oficializada a Vila, a Paróquia perderia completamente a administração de grande parte das riquezas produzidas pelos criadores de gado e movimentação de mercadorias. Passaria para as mãos do poder temporal, da chamada Câmara dos bons.

Depois de mais de três décadas, em 1798, a comunidade russana encabeçada pelo então vigário José Bernardo Galvão faz uma solicitação oficial e anexa toda a documentação anterior do processo de elevação ao termo de Vila. A posição favorável da Província de Pernambuco saiu no dia 16 de maio de 1799, com a documentação assinada do Termo de Vila, a qual deveria ser denominada como Vila de Santo Antônio do Ouvidor.

No entanto, mais uma vez os russanos têm que esperar por mais três anos. A questão é que naquele mesmo ano de 1799 foi decretada também a criação da Província do Ceará que deixou de ser apenas uma Capitania anexa à Província de Pernambuco. O ato anulou toda a documentação já feita pela jurisdição pernambucana.

Finalmente, somente em 06 de agosto de 1801 a Freguesia de Russas recebe os direitos de eleger seus representantes locais. É erguida a Vila de São Bernardo das Russas e como símbolo deste poder é erguido o pelourinho na grande área aberta na frente da Matriz do Rosário. Neste primeiro momento as eleições eram para os seguintes cargos: 3 vereadores; 01 Capitão das Armas; 01 Juiz Ordinário; 01 Juiz de Órfãos e 1 Procurador.

Depois de eleitos, os mesmos nomeavam pessoas para ocupar outros cargos administrativos não eletivos, como o Chefe de Quarteirão, o Meirinho, o grupamento armado da força pública e outros cargos daquele antigo modelo de eleições e os protocolos e cargos administrativos da época.

Vale ressaltar que o chefe político da Vila era eleito entre os três vereadores que escolhiam entre si aquele que assumiria o cargo equivalente hoje a prefeito e nem todos os moradores podiam votar ou ser votado. Esse privilégio só alcançava quem soubesse ler ou escrever e tivesse uma renda anual de mais de 100.000$00 réis, além de outras regras que beneficiavam somente os ricos proprietários ou membros da nobreza.

Assim ficou gravado na história de Russas o dia 06 de agosto de 1801. O início de uma nova realidade e novos desafios para a recém criada Vila de São Bernardo das Russas. Aliás, passar à Vila não era uma questão de um número populacional grande ou de grandes prédios de alvenaria na sede administrativa. Criar uma Vila era muito mais um protocolo administrativo para se obter oficialmente um maior conhecimento e controle das atividades de um local.

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Sombras do passado: Sítio Ceará, Manoel Anselmo






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Lagoa dos Enforcados - breve trecho


A Lagoa dos Enforcados hoje fica na área central do município de Russas, no Ceará. O olho d'água que alimenta seu leito é seperado pela BR-116, a conhecida Rodovia Santos Dumont. Tem seu fluxo interrompido nos períodos de seca ou estiagens. Quando o olho d'água (chamado Lagoa da Col) transborda para ela pode se ver um espetáculo de beleza e vida. Unindo suas águas à Lagoa da Caiçara e percorrendo cerca de 6km por dentro do município.

Mas nem tudo é bonito de se contar. Pois em tempos passados esse local (por ser na época afastado da cidade) era utilizado pelas forças de segurança para execuções por enforcamento ou afogamento de criminosos ou, quem sabe, rivais de grupos políticos. Daí vem o nome que carrega até hoje, provando essa memória de tempos sombrios, em que a justiça era feita à revelia da lei.

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