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Futuro.bomb.com



Foto: Guerra, Apocalipse - PixBay20 and. PixBay

Segunda década do século XXI e continuamos com um pé atolado nos primórdios da civilização, enquanto o outro pé está protegido pelas armas de tecnologia avançada. Controladas remotamente e com carga variada e letal. Diabolicamente elaboradas para levar explosivos                  diversos, ogivas, armas químicas e biológicas com alto poder de extermínio da vida.

Será este o nosso destino? Já sabemos que até hoje, depois da economia/capital, as guerras vêm sendo o pivô e a alavanca das novas descobertas e avanços sociais. Como no caso da medicina, engenharia, entre tantas outras áreas do conhecimento humano que tiveram suas maiores revoluções depois de se submeterem às tecnologias empregadas na indústria para fins armamentista.

Sendo assim, o objetivo final de todo esse conhecimento dito “humano” é a destruição, a morte, a fome, a sede... humanos completamente desabrigados, sem bens materiais. Tudo isso resume o objetivo deste conhecimento: a guerra. Um fim totalmente contrário ao humano, mas extremamente lucrativo.

Os Exércitos sempre foram decisivos e indispensáveis no movimento da história no decorrer dos séculos, porém, com o desenvolvimento da sociedade e do tempo em que está envolvida, evoluímos também nossos pensamentos. A grande maioria das gerações atuais são contra as ações militares, substituídas pelas conversas diplomáticas entre as partes envolvidas no conflito.

Esses aparatos militares e seus contingentes deveriam ser reduzidos, claro, com planos de reativação imediata por alguma emergência. Os gastos direcionados para essa área não são justificados, tanto pelo trabalho desenvolvido, quanto pelo retorno do objetivo desses trabalhos, que se concretizam na existência de uma guerra.

O Brasil é um país que até hoje só participou de uma única guerra. Não somos um país belicoso, agressivo ou que pretende um caminho de expansão territorial. O que justificaria essa existência da Força Nacional seria a Defesa da nossa Soberania Nacional e de nossas Riquezas Naturais, se por ventura formos atacados por outro país para este fim. Por ora, o Exército brasileiro tem agredido muito mais cidadãos de seu próprio país, do que estrangeiros.

A nossa Constituição determina a paz como caminho a ser seguido. As Armas, deveriam estar em repouso, como exemplo do Exército suíço, que não existe oficialmente, porém o treino o desenvolvimento de técnicas de ação de defesa e ataque aprendidos pelos cidadãos, capacita cada indivíduo a levar para casa um fuzil com munição, que deve manter a manutenção regular do equipamento e devida e se submeter a fiscalização.

Em caso de alguma emergência no Estado, cada cidadão, homens e mulheres, estão treinados e armados para defender o país. No entanto, não podemos fazer qualquer comparação com outros países, já que precisamos levar em consideração as distintas realidades de cada Estado.

Não podemos comparar o Exército alemão, com o Exército brasileiro. Pois não se trata só do Órgão Exército brasileiro, mas de todo o sistema constitucional e da superestrutura republicana do país. Seus cidadãos, dos seus funcionários, de seus carácteres, de suas morais, da ética com que dedicam seus trabalhos ao bem comum: público.

Em uma guerra, muito mais importante do que só equipamentos e armamentos eficientes. A inteligência é a coordenadora das ações decisivas mediante as estratégias, da criatividade, a capacidade de resolução de problemas em situação de estresse, para planejar e replanejar as melhores ações de guerra a serem tomadas.

Como esta ação não é estática, as mudanças de plano e rápidas tomadas de decisão, constituem a espinha dorsal da condução das Forças, diante do combate no front na cara de um outro Exército.

Acredito ser completamente ultrapassado esse modelo de decisão entre países. Somos nós seres realmente evoluídos?  

Continuando... estamos no século 21, será? Dentre todas as áreas da sociedade a única que não evoluiu no tempo foi, em sua forma, os Exércitos e a guerra.

Uma guerra é uma guerra não importa o tempo em que aconteceu. Por exemplo, em essência uma guerra no Egito antigo é igual a uma guerra acontecida hoje, como a que está acontecendo no Afeganistão. Os pontos fundamentais são os mesmos: interesses, discórdia, rompimento e retaliação.

Seria muito mais inteligente e barato, os representantes de cada país disputarem uma partida de xadrez. Quem ganhar leva. Brincadeiras à parte (mas não tão brincadeiras assim), temos a indústria armamentista que não vai deixar qualquer outro modelo anular a lógica em que ela sobrevive.

Essa indústria é a que mais tem lucros entre todas as áreas da economia. A movimentação de capital dessa indústria determina a “vontade” dos governos.


Essa deve ser a meta futura, mas que comece agora, de países inteligentes o suficiente para imporem suas vontades através da sua integridade humana – tá ruim. Isso realmente é utópico, mas não no sentido conceitual de Marx, e sim do entendimento de Émile Durkheim. Ou seja, é uma utopia (ou seja, impossível de acontecer) hoje, ou em dias vindouros.

Porém capaz e possível de acontecer em outro tempo futuro da história.
Enquanto isso, vamos levando essa realidade hipócrita e corrupta. Com essa sociedade de máscaras prontas, é preciso boiaaaarrr... e até diria Augusto dos Anjos: “O homem que vive nesta terra miserável, mora entre feras, sente inevitável necessidade de também ser fera”.

Não há como escapar da convivência, logo do contato, com seres que precisam ainda conquistarem o título de humanos. Porque seus atos e ações distorcem muito de suas máscaras sociais e discursos vazios.


Em frente.

Bento BarbaRussas

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Impressões iniciais da agricultura sintrópica


Crédito da Imagem: Articulação Nacional de Agroecologia

O advento deste novo sistema de produção alimentar foi de um impacto devastador para mim, principalmente por morar em uma região onde a grande maioria do povo têm problemas nutricionais ou são castigados pela insegurança alimentar. A característica do clima, que provoca as secas calamitosas e os milhões de conterrâneos que morreram em decorrência delas.

Este método testado e desenvolvido há décadas pelo suiço Ernest Göetsch, que monitora áreas criadas por ele na África, Arábia Saudita, entre vários países da América Latina, estabelecendo-se no Brasil no início da década de 1980, mas precisamente na Bahia.

Dito isto, posso afirmar que através do Centro de Estudos da Agricultura Sintrópica (CEPEAS), entre outras fontes de informação e orientação tive a oportunidade de assistir vídeos que demonstram as técnicas desenvolvidas por Göetsch e as transformações inacreditáveis de milhares de áreas degradadas pelo mal uso da terra, das queimadas, da exploração de monoculturas e gado, enfim, da agricultura convencional.

Na verdade o homem vem praticando, basicamente, as mesmas técnicas na agricultura nos últimos 12.000 anos. Técnica essa que degrada o solo, provoca as erosões e dizimam os minerais, microorganismos e insetos responsáveis pela produção e sustentação de um bom solo para o desenvolvimento de futuras plantações. As técnicas desenvolvidas por Göetsch vão exatamente no sentido contrário.

Ele parte do princípio da "agriculura feita por processos" tendo como objetivo final o desenvolvimento natural das florestas. As característica e funções de reposição e liberação de energia e matéria orgânica para propiciar a recomposição do solo.

Depois de décadas de estudos e pesquisas em campo, Ernest conseguiu através da chamada "agricultura sintrópica" o acumulo de biomassa e espécies de árvores e outras culturas em um espaço adensado em que todas as plantas trabalhem em simbiose.

Segundo Ernest, entre os princípios deste tipo de agricultura, exige do agricultor 5% de esforço de plantio e 95% de esforço de manejo das espécies plantadas, repondo esse material de volta no solo em forma de adubo vegetal, cobertura de solo, demarcação das linhas plantadas etc. 

Formando, com as podas e roçagens superficiais do mato nativo, uma camada protetora da terra contra a incidência da luz do sol na terra nua, o que provoca uma grande evaporação da água do subsolo e compactação dos seus compostos orgânicos e minerais.

Hoje, em todo o Brasil, existem centenas, talvez milhares, de agricultores que estão aderindo às novas técnicas da agricultura sintrópica, chamada também de SAFs (Sistemas Agroflorestais) ou de "agricultura regenerativa", entre vários outros nomes.

Por exigir uma boa quantidade de mão de obra, esse tipo de iniciativa está sendo utilizada por Movimentos e Associações de Agricultores que têm pequenas ou médias propriedades, a chamada Agricultura Familiar.

É notório o boicote por parte de mídias de todos os tipos, patrocinados provavelmente por grandes empresas da agropecuária, dessas ideias que podem trazer uma verdadeira revolução verde e desembaraçar de vez a insegurança alimentar em que vivem milhões de brasileiros.

Hoje, a luta é entre o grande poder do capital e as iniciativas da agricultura limpa. Sem o uso de agrotóxicos, nem outros insumos criados para perpetuar a morte do planeta.

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