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Emancipado! Agora com direito de participar

Imagem de GraphicMama-team por Pixabay


Eureca! Em fim descobri que estava certo. Depois de sair de um local de "trabalho" (sinto falta apenas dos meus amigo/as-colegas, nunca tive nada contra eles, dos amigos) e começar nova vida em outro local de trabalho, tive a grata surpresa de fazer em oito horas, muito, muito, muito mais do que me deixaram fazer nos últimos oito anos no antigo local de "trabalho" - porque para egos medíocres que se colocam acima do objetivo que é servir o público, para esse tipo é mais importante apagar potenciais referências diferentes da sua egoista forma de ser.

Quem acredita que aqui nesta cidade, no Ceará ou no Brasil os princípios constitucionais são todos respeitados... é apenas um desavisado ou um bisonho. NADA de princípio da Impessoalidade. Esse é o primeiro que desaparece no mundo das aparências. Legalidade, só o básico em função do mundo das aparências. A Moralidade, pelo que vivi e vi é apenas uma palavra que não faz parte do dicionário dos protofascistas. Para em fim, sucumbir o dinheiro público no ralo do esgoto, dê adeus a Eficiência. O único prícípio que importa é a Publicidade e nessa diz-se o que quiser. Afinal estamos no mundo das aparências.

É impressionante, coisa boa é se sentir acolhido, fazendo parte do novo local, meus atuais colegas, assim como a Direção, me incluem nas atividades que serão desenvolvidas. Em fim útil, em fim aproveitável... não para aparecer... mas para junto aos outros colegas oferecer o melhor para as pessoas que serão o futuro e decidirão os rumos de suas vidas. Continuará a aparência, ou será considerada a essencia?


* O título original "Alforriado! Agora com direito de participar" foi mudado por autocrítica feita ao significado da palavra "alforriado", que vem de alforria. Nome dado ao escravo que era libertado ou conseguia dinheiro para comprar a sua liberdade ou a dos filhos, fazendo parte de uma história de lutas e sofrimentos do povo negro. Seria uma falta de respeito à essa história seu uso indevido. Por isso o título foi mudado.

Saber mais ou Saber menos?

Imagem das vázeas russanas com suas carnaúbas


Voltando às atividades nesta página depois de eventos que vou expor em outro momento, pois ainda não estou preparado para tal. Por ora, quero apenas falar sobre  qualquer assunto que me venha à cabeça. É muito bom estar aqui.

Sempre tive uma fascinação pelas flores, suas cores, formas e perfumes. Provavelmente este sentimento seja compartilhado por outras milhares de pessoas, já que nosso instinto natural pela beleza da natureza reconhece nas flores uma forma de vida sublime. No livro "Um Novo Mundo", de Eckhart Tolle, ele traz uma passagem magnifica sobre a capacidade humana da compreensão sobre verdades universais ou culturais de aprendizagem. Passo a transcrever agora o parágrafo que me refiro deste excelente livro.

"Diz-se que, em determinada ocasião, Buda teria proferido um 'sermão silencioso' enquanto segurava uma flor e a apreciava. Após algum tempo, um monge chamado Mahakasyapa começou a sorrir diante dos presentes. Ele teria sido o único a entender o sermão. De acordo com a lenda, aquele sorriso (isto é, a compreenção) foi transmitido às gerações seguintes por 28 mestres sucessivamente e, muito tempo depois, tornou-se a origem do zen".

Lendo o conetúdo deste parágrafo, de fato percebemos e vêm à memória de que o sorriso é, entre tantas coisas, um ato de compreensão consolidada que naturalmente expomos ou deixamos transparecer com suavidade quando acontece esse fenômeno da aprendisagem. Como professor, também observei que alguns alunos expressavam sorrisos suaves, enquanto outros franziam a testa num claro ato de reflexão e esforço por compreender. Depois de fazer uma ou outra pergunta sobre o assunto tratado, o sorriso se seguia num claro ato de confirmação da compreensão.

Essa configuração dos nosso sentidos me leva a avaliar um pensamento que não ouvi muitas vezes, mas faz parte do lugar comum de muitos sobre o ato de sorrir. O ditado diz que "Muito riso é sinal de pouco siso", tendo a palavra "siso" o sentido de juízo ou sabedoria. Pondo as duas experiências lado a lado, a primeira de origem oriental, a segunda de origem ocidental, nos deparamos com uma contradição de ideias ou de pontos de vista. Onde a primeira exalta o sorriso como confirmador da compreensão, que por sua vez seria a consolidação da sabedoria. No segundo, um despreso com o sorriso, como sendo ato de uma pessoa tola, que não tem sabedoria e portanto sorrir diante dos propósitos da vida seria a confirmação dessa condição.

Penso ser as duas, em capos diferentes e em sentidos diferentes, verdadeiras. Porém, tendo a observar que no pensamento de origem ocidental, existe uma compreensão um tanto quanto preconceituosa, no sentido de acreditarmos que pelo fato do outro sorrir diante de uma afirmação séria, ele não esteja compreendendo. Pergunto: compreendendo o quê? Provavelmente um pensamento já consolidado no leque de conhecimento de quem a expõem, mas em que isso invalida outras formas de conhecimento, ou mesmo, o não conhecimento como aspas de um outro conhecimento que considera outras questões como importantes.

O fato é que costumamos defender o nosso conhecimento pessoal e desprezamos o outro conhecimento, ou mesmo a falta dele, sobre um determinado ponto de vista que consideramos importante. Mas, não é necessariamente importante ou faça sentido para o outro, que tomando como "tolo" possa ser detentor de outros conhecimentos, ou outros pensamentos dos quais desconhecemos. Portanto, acredito que o respeito entre as pessoas seja um ato de inteligência e que, nem sempre, meus pensamentos estão carregados de uma verdade válida para todas as formas de pensamentos ou conhecimentos humanos.




Poema de um grito silencioso

Imagem de Maik por Pixabay




E aquele Poema caiu
bem duro na tua cara e na dele.
A minha, foi fratura nazal, caiu na vertical em cima da venta. Porém
os dias passam pra todos e mesmo assim sinto que pra mim só existe aquele pensamento recorrente, persistente, recebido entre gritos e lágrimas a benzedura de sentir profundamente, que tudo que é vivo morre.
Você acredita que meus pais já se foram? Eles eram, entre meus pensamentos mórbidos sobre a morte, os personagens que se apresentavam mais dolorosamente. O medo de ficar sem eles me levaram a dezenas de pesadelos homéricos.

Partiram, exatamente quando eu já tinha deixado de pensar nisso.
Acanhado e ao mesmo tempo mortal
carinhoso e troglodita
O que me resta é viver essa mesma vida, vinda de tantas formas, mas perdida para a única certeza que se tem nesse mundo vão, a morte.
Esteeve qui por muitos muitos anos.


Hider.