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Percepção da Realidade

Imagem de Piyapong Saydaung por Pixabay



E "neste Brasil caboco, de mãe Preta e pai João" vai se alastrando a falta de conhecimento. Uma coisa de se questionar é, já que a propaganda para a aprovação da internet pelo público foi "um mundo na palma da mão", ou muito destacado na área da pesquisa (e é), com a excessão do quesito dos que aparecem primeiro: os anunciantes. Das estastísticas vai-se às lágrimas. Como exemplo vejamos quem é o público mediano dos brasileiros que faz suas pesquisas no google.

Em matéria datada de 06 de dezembro de 2017, apresentada pela exame.  destaca:

"Outros dados que têm distorção são os relacionados à internet: os entrevistados acham que 85% dos brasileiros têm smartphone, quando na verdade são 38%, segundo a Ipsos; e acham que 83% têm perfil no Facebook, quando na realidade são 47%."

Nesta pesquisa internacional o glorioso Brasil só fica acima da África do Sul. Levamos o penúltimo lugar entre os 38 países avaliados. A pesquisa avalia os perigos da falta de percepção em um mundo tão encharcado de informações que hoje, não se sabe se uma notícia é verdadeira ou falsa, muitas vezes as notícias falsas vêm embrulhada num recorte da realidade, a grande maioria de retóricas e "idéias" de jargões. Como é que eu fui agoar nos pensamentos esse gosto pela literatura? Minha mãe avisou, "isso não dá camisa a home, taí teu pai.". Mas, quando um pau é torto pra literatura... até a cinza é torta. Adiante.

Porém, o Projeto posto em prática pelo Ministério da Educação hoje é a mescla de uma Educação apenas de aparências. Como o Japão, por exemplo, revolucionou sua Educação no tripé que tem mesma altura e mesma importância: aluno que limpa a escola; pais que participam efetivamente; Escola participativa e entrosada. Seria assim, investimento maciço, Educação rígida no sentido de não permitir a indisciplina, pais engajados com alunos e escola. Todos fazem parte da mesma esfera de Educação.

"Diz que tarefas como a limpeza da sala feita pelos próprios alunos e atividades extracurriculares de esporte e artes ensinam o respeito à coisa pública e a importância do trabalho em grupo. Esses são apenas alguns dos exemplos do Japão que ele gostaria de ver implantados no Brasil." [ matéria Portuguese]


Um projeto de Educação que atende apenas o ilusório nunca vai transformar o Brail, nem melhorar os números reais dos alunos da escola pública. Apenas um minuria e tambem alguns que mudam e passa a se interessar pelos estudos são os que conseguem apreender uma parte do conhecimento. Uma pequena parte desiste e a outra só passa porque é impossível ficar reprovado.

Desse jeito, tô com medo de procurar essa pesquisa atualizada, já pensou se  a África passou da gente?






Museu da Inquisição portuguesa - História, dor e resistência

Aqui estão algumas fotos de objetos e cenas, além de muita literatura sobre o assunto. A maleficência que aconteceu na Europa e na Ibéria contra os povos judeus, e seus caminhos para fugir da perseguição religiosa.


Uma grande Torá, que guarda alguns livros sagrados do judeus.

A fúria nos tempos da Inquisição Católica contra os judeus, transformou o ambiente social do país. Quase todos que não eram judeus começaram a observar os sinais em famílias suspeitas. A perseguição se dava a toda hora, a todo instante, o público e o privado estavam sob olhares dispostos a entregar os judeus para a Inquisição.

Suspeitavam daquelas famílias que não consumiam a carne de pouco, as horas das orações, as palavras contrárias à igreja de portugal e todos esses pontos da vida pessoal. Muitos foram delatados sem nenhuma prova do delator, apenas a indicação. Era muito fácil morrer nesse tenebroso tempo de perseguição.


Candelabro judaico, escondidos neste tempo, mas a busca da liberdade
de se aproximar e orar na sua própria crença.


Futuro.bomb.com



Foto: Guerra, Apocalipse - PixBay20 and. PixBay

Segunda década do século XXI e continuamos com um pé atolado nos primórdios da civilização, enquanto o outro pé está protegido pelas armas de tecnologia avançada. Controladas remotamente e com carga variada e letal. Diabolicamente elaboradas para levar explosivos                  diversos, ogivas, armas químicas e biológicas com alto poder de extermínio da vida.

Será este o nosso destino? Já sabemos que até hoje, depois da economia/capital, as guerras vêm sendo o pivô e a alavanca das novas descobertas e avanços sociais. Como no caso da medicina, engenharia, entre tantas outras áreas do conhecimento humano que tiveram suas maiores revoluções depois de se submeterem às tecnologias empregadas na indústria para fins armamentista.

Sendo assim, o objetivo final de todo esse conhecimento dito “humano” é a destruição, a morte, a fome, a sede... humanos completamente desabrigados, sem bens materiais. Tudo isso resume o objetivo deste conhecimento: a guerra. Um fim totalmente contrário ao humano, mas extremamente lucrativo.

Os Exércitos sempre foram decisivos e indispensáveis no movimento da história no decorrer dos séculos, porém, com o desenvolvimento da sociedade e do tempo em que está envolvida, evoluímos também nossos pensamentos. A grande maioria das gerações atuais são contra as ações militares, substituídas pelas conversas diplomáticas entre as partes envolvidas no conflito.

Esses aparatos militares e seus contingentes deveriam ser reduzidos, claro, com planos de reativação imediata por alguma emergência. Os gastos direcionados para essa área não são justificados, tanto pelo trabalho desenvolvido, quanto pelo retorno do objetivo desses trabalhos, que se concretizam na existência de uma guerra.

O Brasil é um país que até hoje só participou de uma única guerra. Não somos um país belicoso, agressivo ou que pretende um caminho de expansão territorial. O que justificaria essa existência da Força Nacional seria a Defesa da nossa Soberania Nacional e de nossas Riquezas Naturais, se por ventura formos atacados por outro país para este fim. Por ora, o Exército brasileiro tem agredido muito mais cidadãos de seu próprio país, do que estrangeiros.

A nossa Constituição determina a paz como caminho a ser seguido. As Armas, deveriam estar em repouso, como exemplo do Exército suíço, que não existe oficialmente, porém o treino o desenvolvimento de técnicas de ação de defesa e ataque aprendidos pelos cidadãos, capacita cada indivíduo a levar para casa um fuzil com munição, que deve manter a manutenção regular do equipamento e devida e se submeter a fiscalização.

Em caso de alguma emergência no Estado, cada cidadão, homens e mulheres, estão treinados e armados para defender o país. No entanto, não podemos fazer qualquer comparação com outros países, já que precisamos levar em consideração as distintas realidades de cada Estado.

Não podemos comparar o Exército alemão, com o Exército brasileiro. Pois não se trata só do Órgão Exército brasileiro, mas de todo o sistema constitucional e da superestrutura republicana do país. Seus cidadãos, dos seus funcionários, de seus carácteres, de suas morais, da ética com que dedicam seus trabalhos ao bem comum: público.

Em uma guerra, muito mais importante do que só equipamentos e armamentos eficientes. A inteligência é a coordenadora das ações decisivas mediante as estratégias, da criatividade, a capacidade de resolução de problemas em situação de estresse, para planejar e replanejar as melhores ações de guerra a serem tomadas.

Como esta ação não é estática, as mudanças de plano e rápidas tomadas de decisão, constituem a espinha dorsal da condução das Forças, diante do combate no front na cara de um outro Exército.

Acredito ser completamente ultrapassado esse modelo de decisão entre países. Somos nós seres realmente evoluídos?  

Continuando... estamos no século 21, será? Dentre todas as áreas da sociedade a única que não evoluiu no tempo foi, em sua forma, os Exércitos e a guerra.

Uma guerra é uma guerra não importa o tempo em que aconteceu. Por exemplo, em essência uma guerra no Egito antigo é igual a uma guerra acontecida hoje, como a que está acontecendo no Afeganistão. Os pontos fundamentais são os mesmos: interesses, discórdia, rompimento e retaliação.

Seria muito mais inteligente e barato, os representantes de cada país disputarem uma partida de xadrez. Quem ganhar leva. Brincadeiras à parte (mas não tão brincadeiras assim), temos a indústria armamentista que não vai deixar qualquer outro modelo anular a lógica em que ela sobrevive.

Essa indústria é a que mais tem lucros entre todas as áreas da economia. A movimentação de capital dessa indústria determina a “vontade” dos governos.


Essa deve ser a meta futura, mas que comece agora, de países inteligentes o suficiente para imporem suas vontades através da sua integridade humana – tá ruim. Isso realmente é utópico, mas não no sentido conceitual de Marx, e sim do entendimento de Émile Durkheim. Ou seja, é uma utopia (ou seja, impossível de acontecer) hoje, ou em dias vindouros.

Porém capaz e possível de acontecer em outro tempo futuro da história.
Enquanto isso, vamos levando essa realidade hipócrita e corrupta. Com essa sociedade de máscaras prontas, é preciso boiaaaarrr... e até diria Augusto dos Anjos: “O homem que vive nesta terra miserável, mora entre feras, sente inevitável necessidade de também ser fera”.

Não há como escapar da convivência, logo do contato, com seres que precisam ainda conquistarem o título de humanos. Porque seus atos e ações distorcem muito de suas máscaras sociais e discursos vazios.


Em frente.

Bento BarbaRussas

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O fantástico mundo da enganação e do lucro fácil



Imagem compilada do JusBrasil.

 

Estamos vivendo, sem dúvidas, o momento mais vil no tratamento das empresas de abastecimento de produtos que não atendem as necessidades dos consumidores. Uma séria fiscalização para fazer o que a legislação manda.


Para quem precisa tomar medicamentos, ou se você gosta de acompanhar o que está comendo, tornou-se tarefa cada vez mais difícil identificar os produtos, suas origens e suas composições. A letra que já era minúscula, agora é microscópica para quem quer se informar do que está ingerindo.

Estas informações da composição química na lateral
da caixa já está com uma letra bem maior de que outros
laboratórios da indústria medicamentosa.


Nos medicamentos, por exemplo, não é só o tamanho da letra, mas algumas vezes são as embalagens e datas de vencimento, ou mesmo a bula que fica camufladas entre as cores da embalagem. O mais comum é a validade, que tem provocado cenas de contorcionismo para uma melhor posição de leitura.

Além desses casos acima mencionados, me preocupa muito a vitória da indústria alimentícia que conseguiu junto ao nosso inacreditável "congresso" (minúsculo mesmo), derrubar a lei que obrigava a identificação do produto.

Já faz alguns anos que conseguiram tirar das embalagens de alimento o símbolo dos produtos transgênicos.. Não sabemos mais o que é o quê.
                                               


É difícil morar no Brasil e ainda não ter sido enganado por algum produto que não atende, ou não deveria atender, aos parâmetros da regulamentação. O Órgão responsável por esta fiscalização é o IMETRO. No entanto é preciso saber quais as alterações foram feitas por algum descontrolado que passou por lá.

Os consumidores brasileiros (e eu sempre me acho um consumidor idiota) certamente são os mais maltrados e violados em seus direitos do mundo. Não conheço outro país sulamericano que não tenha o devido cuidado com os produtos que são distribuídos ao seu povo.

Estamos sob a proteção de Jeová!

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Preparem-se o barulho está chegando: disputa eleitoral


Os preparativos: Foto - Wikipédia


Estamos em mais um ano de eleições, esse ano, para os cargos de prefeito, vice-prefeito e vereadores. Essas costumam ser as mais tensas porque a política envolve cargos e cargos envolvem os conhecidos e aqueles que ajudaram na campanha.

As pessoas que buscam um emprego junto a nova administração, agem e reagem a tudo de corpo e alma, porque seu pensamento não é político, é individual. O seu possível emprego que está em jogo, ela sente as críticas ao candidato dela, como críticas à pessoa dela. Pra esses cidadãos o nome do político tanto faz, contanto que não inflame as rusgas antigas, de outras eleições municipais.

Nas ruas, nos comícios, nos discursos,com as mesmas características políticas já adotadas como exemplo, vão-se os dedos e os anéis também.

Porém, o auge e o "termômetro" das eleições são as carreatas e motociatas. Principalmente o tamanho delas... as carreatas são o exemplo mais fiel da falta de respeito dos políticos e seguidores ao que é público e ao povo da cidade. Toda essa manifestação poderia acontecer, com muita alegria, mas sem tanto desespero pelo barulho.

É uma zoada grande. Motos em cima das calçadas, tanto buzinando como fechando e ligando o motor pra produzir um estouro na descarga. Gritos, bombas mil, além dos carros-de-som que pulverizam qualquer som, o importante é que seja alto.

É um inferno na terra. A zoada pertuba os seres humanos que estão acostumados, imagina os animais? Dá pra ver e ouvir a revoada de pássaros que dormem nas árvores. Cachorros e gatos acreditam firmemente que é o fim do mundo e age como tal, tremendo, correndo, grunindo e se escondendo.

É uma contradição generosa vinda dessas ações por parte dos candidatos ao cargo de administrador do município e senhores vereadores, "os fiscais da lei". Promoverem esse tipo de manifestação, democraticamente não é possível e certamente uma ação antipolítica.

Sinceramente, eu não vejo vantagem nenhuma. Primeiro, faz zoada, segundo, gasta muito dinheiro com bomba, carro de som e gasolina para os participantes da carreata. Além do perigo de acidente ou tumulto, quando os candidatos rivais estão com carreatas no mesmo dia. Um sestro ruim.

A única certeza é que tudo isso vai continuar acontecendo. A mentalidade de um povo é o que muda mais lentamente nos movimentos histórico-sociais.

Talvez uma campanha nacional, que envolvesse artistas de TV e cantores sertanejos em prol de disputas eleitorais sem barulho e sem gastos desnecessários, aí sim... as coisas iam mudando ano a ano. Mas esses são os primeiros a se aproveitarem de pequenas prefeituras... Arg.

Resta lamentar do formato das novas disputas e eleições, é que o que sobra em barulho, falta em debates, em troca de informações com os eleitores. A apresentação de propostas de governo e os objetivos que cada candidato pretende alcançar. Será que um dia voltaremos a ter uma política mais condensada e séria? Cuidadosa com o que realmente tem valor? Não sei responder.

Ano a ano foram diminuindo os debates e aumentando o barulho. Na falta do que dizer, grita-se.

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Herdeiros da miséria: um país prisioneiro da ignorância

 



Difícil imaginar o que se passa na criação das nossas novas gerações. Falo sobre a criação que não é somente responsabilidade da família, mas da sociedade aonde a criança está. Seja a família, seja a escola ou a convivência com a sociedade, todas têm um papel importante para o desenvolvimento dos mais jovens.

Um dos grandes desafios do nosso tempo é a pornográfica desigualdade social ente as diversas realidades em um universo de alunos, professores, pais e suas sociedades locais. Outro grande problema é o Estado querer ir de encontro verdadeiramente a caminho de uma Educação necessária, mínima, que possibilite a formação de seres humanos melhores para a sociedade, não apenas mão-de-obra para a indústria, comércio e para a prestação de serviços.

Todos esses alunos, principalmente os da escola pública, merecem ter seus direitos a liberdade de escolher se querem exercer algum desses trabalhos acima citados,  ou aplicar-se à sua Educação dentro da Academia. Estar cursando o nível superior é compartilhar experiências únicas, nas aulas, na interação com outros alunos da Faculdade e nas Palestras e Minicursos que são oferecidas pela Universidade.

Assim, colaborando com a defesa do Brasil .ou seja, do nosso povo brasileiro.

Assim, tanto na convivência social, na escola, nos conteúdos da TV e    agora da Internet, as crianças, jovens e adultos estão expostos ao excesso de informações, a grande maioria contraditórias sobre o mesmo fato. Levando o nosso povo ao desinteresse, a incredibilidade e a repulsa dos políticos e da política.

Esse é o ponto, brotando no íntimo de cada um de nós, a repulsa da política, formando um exército de pessoas completamente desconectadas com a realidade do nosso país.

Nossos mensageiros foram observar o que está acontecendo na cidade de Recife. Abrindo um vazio maior dentro do nosso íntimo. para serem ocupados por representantes de outros interesses que não o do povo, o público.

Distorcer e tirar o significado da verdade, esvaziando-a, transformando-a em arma de interesses político-financeiro da extrema-direita no mundo e no Brasil, estão por trás dessa falta de respeito e criminosa ação contra o nosso povo.

O fato nos leva a questionar o caráter e os valores da ética pessoal e da dignidade dos responsáveis, brasileiros em especial, por essas ações criminosas contra o nosso povo.

A alguns anos atrás seria impossível nós vermos na televisão a falta de respeito, o baixíssimo nível intelectual e o pior de tudo, a predisposição de cometer crimes contra os interesses do povo brasileiro de maneira tão descarada e ostensiva. Sem esconder seus pensamentos, onde o pior se revela na quantidade de seguidores que tais figuras nefastas conseguem iludir.

Disse Mark Twain: “É mais fácil enganar uma pessoa, do que convencê-la de que foi enganada.” Presidentes, governadores, deputados federais e senadores, prefeitos, vereadores, escolas, bancos, serviços e em todas as estruturas que organizam as instituições públicas e privadas no Brasil. A máquina não pára, ela gira indomável mastigando vidas e sonhos, infâncias e velhices.

A estrutura, principalmente seus vícios, vêm se perpetuando há séculos no intuito de preservar esse modelo no qual se beneficiam, querem manter as coisas como estão, manter o status quo.

Para quem detém o controle (um pequeno grupo herdeiro do poder e suas cortes), se beneficiam dessa desordem de informação. Financiando empreitadas como esse ataque do que ficou conhecido como “facknews”, no excesso de informações não verificadas de fatos. Atacaram a boa fé do povo brasileiro, com a disseminação desses boatos, circula livremente e alcançam seus alvos-reféns,  sem qualquer punição.

A estratégia covarde se aproveita da falta de informação da grande maioria dos brasileiros, para jogar informações falsas no intuito de enublar todas as outras notícias. Os ataques sempre buscam, em geral, notícias que envolvem a questão moral, sexual ou de defesa da família, das pautas LGBTQIA+, assim com os direitos das mulheres, dos Organismos de defesa do povo negro, os indígenas etc. 

Esses acusadores do campo extremista, contraditoriamente são representados por pessoas de caráter e ações bem duvidosas.

Acredito que essa estratégia, marcada pelo uso de ferramentas direcionadas, transformou a verdade em uma peça de uso por ocasião, descartável, mutável para outra verdade que também pode ser ou não uma mentira. Em qual verdade acreditar? No ano de 1943 a produtora Walt Disney publicou o desenho “Chicken Little”.



Desenho animado: "Chicken Litte"; Walt Disney - 1943
    Essa produção estadunidense, nitidamente de cunho militar, mostra de forma metafórica como se deve desestabilizar um governo que não segue as diretrizes impostas pelos EUA.

             No desenho representado por frangos em um galinheiro, com o galinheiro sendo o país de interesse, nesse cenário é onde se desenvolve toda a trama.

Podemos imaginar que a difusão de informações, capas falsas de revistas e jornais, além da utilização em massa da dissimulação,  do engano e do uso de propagação de informações falsas para provocar o caos no país.

 O fato é que através de variados métodos, países imperialistas têm utilizado formas cada vez mais agressivas de conseguir desestabilizar as democracias mais frágeis com a intenção de manterem seus posicionamentos econômico-financeiros. Dinheiro e controle político, um país forjado na mentira, sempre estará no objetivo final dessas ações. 

Art. 2º O indivíduo que o se identificar, 

Para a elite financeira (os herdeiros) nacional, junto a elite financeira mundial têm laços de interesses em comum: o mundo para poucos.

Então, apesar de falarem de suas justificativas e planos, enganam-se e enganam a população incauta.

  Essas pessoas ficam completamente exposta à essas ameaças e esse abandono das populações de rua, das tribos indígenas, dos marginalizados, dos prisioneiros por crime cometido ou vagabundagem.

    Toda essa mudança nos modos de vidas dos povos tradicionais implica em um deslocamento cultural e de mentalidade dos indígenas que precisam se adaptar à essa nova realidade.

    Aqui é o inferno, mas vamos conseguir sair, fugir. Voltar pra cidade grande e ficar completamente livre. Mesmo que eu saiba no íntimo que não é. Fico propensa a sonhar e dar asas à imaginação.

    Assim, quando constataram que as pessoas estão indefesas quanto a receber o "ruído" da cidade. Absorver essas ideias  comerciais e de riqueza, acreditando que seus interesses são os mesmos que o meu, não ficaria feliz?

    Passa a correr atrás da pedra preciosa que vai lhe tirar desse buraco de lama e gente. Essas pessoas se enterram tanto na lama, ficando completamente sujos de barro.

    Essa cena me lembrou demais que aqueles homens se transformaram em caranguejos nesse grande manguezal de ouro, prata e das pedras preciosas, além é claro  da pistolagem, do tráfico e de investidores nacionais e internacionais.

Ledo engano, engano cometido também em outros momentos históricos onde quase todos os tratados de aliança foram descumpridos por parte dos dominantes sobre os dominados. Quase sempre, o pagamento ao povo vem em forma de assassinatos, prisões, desaparecimentos e chantagens.

Mas recentemente na história dos nossos tempos, vários países começaram a ter revoltas populares por diversas questões. Esses levantes populares foram chamados pelos sociólogos de “revolução colorida” tendo em vista as várias linhas que conduziam aquele processo de protesto. Foram pelos direitos dos LGBTQI+, ambientalistas, nacionalistas, grupos de direitos humanos, ações de grupos feministas, grupos de estudantes etc.

Em todos os países em que ocorreram os levantes da população nessa revolução colorida, os governos sofreram grandes abalos e em muitos os governantes foram mudados, como no caso do Brasil em 2016 quando a presidente Dilma Rousseff sofreu um golpe disfarçado de impeachment. Logo após a extrema-direita assumiu o poder executivo e legislativo levando o país à uma destruição dos direitos dos trabalhadores. Como nos casos das reformas Trabalhistas (governo Temer) e Previdenciários (governo Bolsonaro), além de muitos outros duros golpes na Saúde, na Educação, na Ação Social, na Cultura e em diversos outros nichos que salvaguardavam a cidadania do nosso povo, assim como seus direitos trabalhistas. Luta secular dos trabalhadores e que foi suprimida sem nenhum constrangimento pelos fascistas que assaltaram o poder.

Estamos piorando a nossa capacidade de aceitar indivíduos mais qualificados. Diante desse Congresso e Senado, fico pensando nesses em quem nossos jovens acabam por se aliar ou não, mas que vêm o discurso de baixo calão, a colocação de ideias imorais ou fantasiosas intencionalmente. Passam a mensagem de que o crime, a falta de educação, o insulto baixo, a defesa de temas já bastante discutido pelos Congressos anteriores, na tentativa de rebaixar também o Estado brasileiro.

Esse período pode ser decisivo para a retomada de um Brasil com o mínimo de credibilidade no seu Estado de Direito da nossa surrada Democracia, assim como melhorar a nossa vitrine e determinação para os outros países, principalmente com os que têm relações comerciais diretas.

Falta muito ainda para o Brasil ser verdadeiramente democrático. Porque essa condição presume a formação de uma população que tenha acesso aos serviços básicos e participe ativamente da vida política do país. Até lá, não podemos dizer que o Brasil é um país soberano.

   Quanto mais jovens, geralmente da periferia ou comunidades, tiverem acesso contínuo à Saúde, Educação, Esportes, Filosofia e demais pensamentos que sustentam a formação humanista de um Estado forte pelo amor e disposição de seu povo para mantê-lo.




Espaço reservado para o painel do dia:


Prédio comercial localizado na Avenida Pe. Raul Vieira quase em frente ao Banco do Brasil. O prédio resiste com uma fachada original dos prédios localizados nessa rua histórica. Agora já tão descaracterizada. O prédio em destaque fica "espremido" entre uma loja Macavi e a Caixa Econômica Federal, Russas - Ceará.


🆁🅴🆂🅸🆂🆃ê🅽🅲🅸🅰       🆁🅴🆂🅸🆂🆃ê🅽🅲🅸🅰         🆁🅴🆂🅸🆂🆃ê🅽🅲🅸🅰    🆁🅴🆂🅸🆂🆃ê🅽🅲🅸🅰  🆁🅴🆂🅸🆂🆃ê🅽🅲🅸🅰   🆁🅴🆂🅸🆂🆃ê🅽🅲🅸🅰    🆁🅴🆂🅸🆂🆃ê🅽🅲🅸🅰

Orós, 1960: O Ano em que o Rio das Onças engoliu o Vale


A parede rompida do açude Orós

O ano de 1960 foi o ano em que o Vale do Baixo Jaguaribe vivenciou a devastação causada pelo rompimento da barragem do açude Orós, no Ceará. Depois da sua construção, o Orós seria por muito tempo o maior açude do estado e um dos maiores do Brasil com uma capacidade estimada de 1,367 bilhão de m³ acumulados. 

Por volta das 00h50, primeiros minutos do dia 26 de março, horas antes da inauguração da obra, os trabalhadores do DNOCS, Órgão responsável, começaram a ouvir e sentir o som da tragédia que se aproximava.

A chuva completamente atípica de 752mm em três dias desembocou 730 milhões de m³ d'água acumulados no açude. Os relatórios também mostram que a água começou a passar por cima do sangradouro do açude as 22h15 do dia 25 de março, uma das maiores catástrofe se abateu sobre o Vale do Jaguaribe. Desabrigando mais de cem mil pessoas e matando muito mais do que mil vidas humanas, números oficiais.

O Orós, obra projetada desde a época do Império, começou sua construção no ano de 1920, depois parou e só foi retomada as obras e terminada no governo de Juscelino KubitschekAs falhas na estrutura do sangradouro começaram a apresentar rachaduras na parede.

Os jornais, rádios e aviões com boletins de aviso foram feitos à população, mas houve muita resistência. Chamaram os sertanejos de “teimosos”, no entanto esquecem que o povo nem sempre tem os mesmos interesses que os interesses do governo.

Os críticos da época, como os dos tempos seguintes, não conseguiam enxergar as realidades da vida daquele povo, suas lutas, alegrias e aflições. A criação, a vacaria, os animais de poleiro até a terra cultivada e já dando seus primeiros frutos.

É preciso compreender que as comunicações não eram tão fácil como hoje. Essas populações foram deixadas sem contato por séculos dependendo apenas de suas próprias forças e da vontade dos chefes políticos. Quem teria autoridade para expulsá-los de tudo o que tinham, de tudo que construíram? O povo sempre foi o último na escala de preocupações do Estado brasileiro.

Até hoje, dos textos que falam sobre a catástrofe, a grande maioria ressalta a “culpa” do povo do Vale do Jaguaribe de não querer sair da região que seria atingida. Mas, nunca procuraram os motivos pelos quais estes povos não queriam deixar seu mundo. Minha mãe era adolescente neste período e me contou o pavor das notícias no rádio e nos panfletos com mensagens apocalípticas.

 



Nas primeiras horas do rompimento foram desaguados pelo açude cerca de 425 milhões de metros cúbicos d’água em direção ao Rio Jaguaribe que por sua característica fluvial encheu seu leito e começou a invadir as suas margens, escorrendo para afluentes e a milhares de lagoas que se espalham pelo relevo da Ribeira do Jaguaribe.

 Foi registrada uma margem de 6km de uma margem à outra do leito. Tudo foi tomado pela tromba d’água inicial e volume que se seguiu nos dias seguintes.

Os dados oficiais da época dizem que o desastre tirou a vida de mil pessoas, porém, tendo em vista a impossibilidade de centenas de vítimas desaparecidas e que nunca foram achadas. Não acredito em um número tão baixo diante do tamanho da região e os mais de cem mil desabrigados. Além das percas das vidas de animais, lavouras, cemitérios, igrejas entre tantas coisas. Por erro humano, erro que nos faz questionar as responsabilidades não assumidas pelos responsáveis pela obra. Até hoje.



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🐆 Rio das Onças 🐆
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Impressões iniciais da agricultura sintrópica


Crédito da Imagem: Articulação Nacional de Agroecologia

O advento deste novo sistema de produção alimentar foi de um impacto devastador para mim, principalmente por morar em uma região onde a grande maioria do povo têm problemas nutricionais ou são castigados pela insegurança alimentar. A característica do clima, que provoca as secas calamitosas e os milhões de conterrâneos que morreram em decorrência delas.

Este método testado e desenvolvido há décadas pelo suiço Ernest Göetsch, que monitora áreas criadas por ele na África, Arábia Saudita, entre vários países da América Latina, estabelecendo-se no Brasil no início da década de 1980, mas precisamente na Bahia.

Dito isto, posso afirmar que através do Centro de Estudos da Agricultura Sintrópica (CEPEAS), entre outras fontes de informação e orientação tive a oportunidade de assistir vídeos que demonstram as técnicas desenvolvidas por Göetsch e as transformações inacreditáveis de milhares de áreas degradadas pelo mal uso da terra, das queimadas, da exploração de monoculturas e gado, enfim, da agricultura convencional.

Na verdade o homem vem praticando, basicamente, as mesmas técnicas na agricultura nos últimos 12.000 anos. Técnica essa que degrada o solo, provoca as erosões e dizimam os minerais, microorganismos e insetos responsáveis pela produção e sustentação de um bom solo para o desenvolvimento de futuras plantações. As técnicas desenvolvidas por Göetsch vão exatamente no sentido contrário.

Ele parte do princípio da "agriculura feita por processos" tendo como objetivo final o desenvolvimento natural das florestas. As característica e funções de reposição e liberação de energia e matéria orgânica para propiciar a recomposição do solo.

Depois de décadas de estudos e pesquisas em campo, Ernest conseguiu através da chamada "agricultura sintrópica" o acumulo de biomassa e espécies de árvores e outras culturas em um espaço adensado em que todas as plantas trabalhem em simbiose.

Segundo Ernest, entre os princípios deste tipo de agricultura, exige do agricultor 5% de esforço de plantio e 95% de esforço de manejo das espécies plantadas, repondo esse material de volta no solo em forma de adubo vegetal, cobertura de solo, demarcação das linhas plantadas etc. 

Formando, com as podas e roçagens superficiais do mato nativo, uma camada protetora da terra contra a incidência da luz do sol na terra nua, o que provoca uma grande evaporação da água do subsolo e compactação dos seus compostos orgânicos e minerais.

Hoje, em todo o Brasil, existem centenas, talvez milhares, de agricultores que estão aderindo às novas técnicas da agricultura sintrópica, chamada também de SAFs (Sistemas Agroflorestais) ou de "agricultura regenerativa", entre vários outros nomes.

Por exigir uma boa quantidade de mão de obra, esse tipo de iniciativa está sendo utilizada por Movimentos e Associações de Agricultores que têm pequenas ou médias propriedades, a chamada Agricultura Familiar.

É notório o boicote por parte de mídias de todos os tipos, patrocinados provavelmente por grandes empresas da agropecuária, dessas ideias que podem trazer uma verdadeira revolução verde e desembaraçar de vez a insegurança alimentar em que vivem milhões de brasileiros.

Hoje, a luta é entre o grande poder do capital e as iniciativas da agricultura limpa. Sem o uso de agrotóxicos, nem outros insumos criados para perpetuar a morte do planeta.

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A Lagoa da Caiçara

 

Lagoa da Caiçara, Russas CE

Izodi era como os antigos indígenas Tapuia chamavam a lagoa da Caiçara. Com a colonização dos portugueses e a influente presença da língua Geral a lagoa ficou sendo chamada de Caiçara. O significado de Izodi não é conhecido, já que os antigos moradores desses sertões tinham a necessidade de falar o tupi-guarani para a troca de mercadorias, alianças de guerra e agora para negociar com os portugueses.

Já o nome Caiçara significa uma estratégia de guerra utilizada pelos indígenas. Trata-se de grandes estacas de madeira fincadas no chão, escondidas nas descidas de barrancos entorno da lagoa. O inimigo era atraído para as armadilhas e no galope de seus cavalos caíam em cima das lanças ponteagudas.

A primeira observação sobre a posição estratégica da lagoa da Caiçara foi feita pelo capitão João da Mota e Pedro Lelou, afirmando que:

 “... Levantando um Forte Real, por nome São Francisco Xavier (1696), junto a Lagoa IZODI (Caiçara), para reprimir as hostilidades e entradas que o gentio costumava fazer, deixando o dito Forte acabado com todo o necessário, como muralhas e estacadas, guaritas, parapeitos e Quartéis, sem dispêndio algum da Fazenda Real...”[1]

 Com a chegada do Forte Real que tinha sua frente localizada aonde hoje estão algumas lojas na Avenida Dom Lino, próximo à Praça Monsenhor João Luiz, a lagoa Izodi passou a se chamar Caiçara. Ponto estratégico para conquistar estes territórios para a Coroa portuguesa. tinha na frente do Forte o riacho das Russas, e por trás a riqueza da lagoa da Caiçara, fonte d’água que podia resistir a até três anos de seca.

A lagoa da Caiçara brota de umas pedras que ficam do lado da BR 116 Rodovia Santos Dummont e percorre toda a cidade. Nos anos de bom inverno ela vai interligando várias lagoas, até se encontrar com o riacho Araibu na comunidade do Tourão. Em momentos de grande seca, como em 1790, 1816, 1877 e 1915, entre outros anos menos catastróficos, a lagoa da Caiçara foi um dos veios d’água que permitiu a existência do então arraial das Russas. Um grande reservatório natural em meio às riquezas e asperezas desse sertão jaguaribano.

Atualmente a lagoa da Caiçara está reduzida a uma pequena parte do que foi no passado. A cidade cresceu e engoliu suas margens e cortou seu curso, mesmo assim, em anos de muita chuva ela tenta se unir alagando alguns bairros da cidade de Russas. É necessário que o município esteja sempre imbuído na manutenção e preservação do eco-sistema que ainda resiste às ações degradantes do homem.

 

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Bibliografia

ROCHA, Limério Moreira da. Russas: 200 anos de emancipação política, Ed. Fortaleza Banco do Nordeste, 2001.

ROCHA, Limério Moreira da. Russas: sua Origem, sua Gente, sua História. Ed. Recife Gráfica, 1976.

ALCÂNTARA, Pedro de. Capital e Santuário: miragens russano-nordestinas. Ed. IOCE, Fortaleza: 1986.



[1] ROCHA, Limério Moreira da. “Russas: 200 anos de emancipação política”; Ed. Fortaleza Banco do Nordeste, Fortaleza: 2001. Pág. 27.


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Massacre Indígena das Terras Russas

Polé: Ilustração do livro Russas: 200 anos

Logo após a instalação do Forte de São Francisco Xavier em 1696, onde hoje está localizada a cidade de Russas, no Ceará, começaram as novas formações das primeiras estruturas religiosas para aldear os indígenas de várias famílias de etnias diferentes no Vale do Jaguaribe.

No intuito de formar novos cristãos e usá-la como mão-de-obra semi-servil, usavam-se os mais variados meios de tortura e desmoralização do indivíduo e das famílias como punição pelas faltas cometidas segundo o ponto de vista cristão.

Como podemos observar em Limério[1] a constatação da existência de uma polé em Russas instalada em 1701, instrumento de tortura tão terrível que só poderia ser erguido com a autorização do Rei ou do Papa, era uma das paisagens encontradas bem ao lado do Forte.

“Muitos guerreiros indígenas ou revoltosos preferiam o suicídio a ter que passar pelas horas ou dias intermináveis dos sofrimentos provocados pela polé.” (Rocha, 2001)

Havia o aldeamento denominado Aldeia Velha em Itaiçaba e o outro que foi instalado nas proximidades da atual cidade de Morada Nova e chamava-se Aldeia de Nossa Senhora das Montanhas. Todas sob o comando do Pe. João da Costa, acusado por seus contemporâneos de fornecer mão de obra indígena para lavrar suas terras e as terras de parentes, além de vender mão-de-obra aos fazendeiros.

Assim como todos os proprietários de terras, o Pe. João da Costa combatia com fúria os indígenas que ainda moravam em suas tribos, alegando que estes lhe roubavam o gado e assassinavam cruelmente pessoas que se aventurassem em seus territórios. Escreveu ao Bispado de Recife/Olinda, ao qual Russas fazia parte, pedindo que enviasse tropas para combater de vez os últimos resistentes do domínio português na região. Ele não foi o único, vários proprietários de gado já faziam esta solicitação há anos.bb

Foram atendidos em 1699, quando chegou a Ribeira do Jaguaribe a Bandeira Paulista com quatrocentos homens bem armados e inúmeros guerreiros Janduins que acompanhavam os portugueses.  Comandados pelo famigerado bandeirante paulista Capitão de Campo Antônio de Morais Navarro, que se aquartelando no Forte de São Francisco Xavier, mandou convocar todos os indígenas Tapuias Paiacu da região jaguaribana, com o argumento de que receberiam um presente do Rei, e também levassem suas mulheres e filhos para verem a honra que os indígenas iriam receber.

Tal foi a armadilha traiçoeira, que todos os aldeados, assim como, uma parte dos indígenas livres, rumaram para frente do Forte São Francisco Xavier. Eis que, ao se ter enorme quantidade de pessoas na frente do Forte, o capitão Navarro mandou que sua tropa atirasse sem piedade contra a multidão despercebida, dando ele mesmo o sinal com o primeiro tiro no principal Jenipapoaçu. Aqueles que tentavam fugir eram apanhados pelos Jandoins que estavam escondidos na retaguarda.

Quase todos os homens morreram e as mulheres e crianças que sobraram desse genocídio foram aprisionados e enviados para aldeamentos na Paraíba e Rio Grande do Norte. Centenas de índios morreram na emboscada. Esse ato foi tão repugnante e covarde que o Bispo de Pernambuco excomungou o Capitão Navarro. Tendo em vista o ardil criminoso que utilizou para matar aquele enorme número de pessoas inocentes.

O Pe. João da Costa foi um dos denunciantes de Navarro, embora tenha pedido força armada para combater os índios rebeldes, não contava que a estratégia de Navarro fosse o extermínio definitivo dos indígenas da ribeira do Jaguaribe. Não contava, sobretudo, que os índios de suas aldeias ou seus trabalhadores não remunerados, fossem atentados e caíssem nesta armadilha.

Depois que Russas recebeu a denominação de Paroquiato com suas Freguesias, erguendo sua primeira igreja em 1707, a comunidade colonial russana já gozava de certo aparelhamento burocrático de controle do Estado português, leia-se (rei/papa). Embora ainda houvesse alguns ataques aos sítios da sede da Freguesia de Nossa Senhora do Rosário das Russas que perdurariam até a segunda década do século XVIII. O povoado germinava em oficinas, comércios e principalmente nas feiras que ofereciam mercadorias de outras províncias. O núcleo urbano da atual cidade de Russas começava a ganhar forma. Mas, sem dúvida Russas foi consolidada pela força econômica da pecuária.



[1] ROCHA, Limério Moreira; Russas 200 anos de Emancipação Política; Ed. Fortaleza Banco do Nordeste, 2001; pág. 49.



Español 


La Matanza Indígena de las Tierras de Russas


Poco después de la instalación del Fuerte de São Francisco Xavier, en 1696, donde hoy se encuentra la ciudad de Russas, en Ceará, comenzaron a instalarse las principales estructuras religiosas para asentar a los indígenas de varias familias de diferentes etnias en el Valle de Jaguaribe.

Para formar a los nuevos cristianos y utilizarlos como mano de obra semisierva se recurría a los más variados medios de tortura y desmoralización de individuos y familias como castigo por las faltas cometidas según el punto de vista cristiano.

Como podemos comprobar en Limério, la existencia de un polé en Russas, instalado en 1701, un instrumento de tortura tan terrible que sólo podía erigirse con la autorización del Rey o del Papa, era una de las curiosidades que se encontraban junto al Fuerte.

"Muchos indígenas guerreros o rebeldes preferían el suicidio a tener que soportar las interminables horas o días de sufrimiento provocados por la polea". (Rocha, 2001)

Hubo un asentamiento llamado Aldeia Velha en Itaiçaba y otro que se estableció cerca de la actual ciudad de Morada Nova y se llamó Aldea del Nuestra Señora del la Montaña. Todas bajo el mando del padre João da Costa, acusado por sus contemporáneos de suministrar mano de obra indígena para trabajar sus tierras y las de sus parientes, así como de vender mano de obra a los campesinos.

Como todos los terratenientes, el padre João da Costa luchó furiosamente contra los indígenas que aún vivían en sus tribus, alegando que robaban su ganado y asesinaban cruelmente a las personas que se aventuraban en sus territorios. Escribió al obispado de Recife/Olinda, al que pertenecía Russas, pidiéndole que enviara tropas para combatir de una vez por todas a los últimos reductos del dominio portugués en la región. No fue el único; varios ganaderos llevaban años haciendo esta petición.

Se les concedió en 1699, cuando la Bandeira Paulista llegó a Ribeira do Jaguaribe con cuatrocientos hombres bien armados e innumerables guerreros janduinos acompañando a los portugueses.  Comandada por el tristemente célebre bandeirante paulista, el capitán de campo Antônio de Morais Navarro, acuartelado en el fuerte de São Francisco Xavier, ordenó convocar a todos los indígenas Tapuias Paiacu de la región del Jaguaribe, con la excusa que recibirían un regalo del Rey, y también que llevaran a sus esposas e hijos para mirar el honor que recibirían los indígenas.

Tan traicionera fue la trampa que todos los aldeanos, así como algunos de los indios libres, se dirigieron hacia el Fuerte São Francisco Xavier. Cuando hubo una gran multitud frente al fuerte, el capitán Navarro ordenó a sus tropas disparar sin piedad contra la multitud inadvertida, dando él mismo la señal con el primer disparo contra el Jenipapoaçu principal. Los que intentaron huir fueron alcanzados por los jandoins que se escondían en la retaguardia.

Casi todos los hombres murieron y las mujeres y niños que quedaron de este genocidio fueron encarcelados y enviados a pueblos de Paraíba y Rio Grande do Norte. Cientos de indios murieron en la emboscada. Este acto fue tan repugnante y cobarde que el obispo de Pernambuco excomulgó al capitán Navarro. En vista de la artimaña criminal que utilizó para matar a ese enorme número de inocentes.

El padre João da Costa fue uno de los denunciantes de Navarro. Aunque pedía la fuerza armada para combatir a los indios rebeldes, no se daba cuenta de que la estrategia de Navarro sería el exterminio definitivo de los indios del río Jaguaribe. Sobre todo, no esperaba que los indios en sus aldeas o sus jornaleros no remunerados fueran atacados y cayeran en esta trampa.

Después de que Russas fuera rebautizada como parroquia con su primera iglesia en 1707, la comunidad colonial de Russas ya contaba con un cierto aparato burocrático bajo el control del Estado portugués. Aunque todavía hubo algunos ataques a los lugares de la parroquia de Nossa Senhora do Rosário das Russas que duraron hasta la segunda década del siglo XVIII. En la ciudad surgieron talleres, tiendas y, sobre todo, ferias que ofrecían mercancías de otras provincias. El núcleo urbano de la actual ciudad de Russas empezaba a tomar forma. Pero, sin duda, Russas se consolidó gracias a la pujanza económica de la ganadería. 

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