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Impressões iniciais da agricultura sintrópica


Crédito da Imagem: Articulação Nacional de Agroecologia

O advento deste novo sistema de produção alimentar foi de um impacto devastador para mim, principalmente por morar em uma região onde a grande maioria do povo têm problemas nutricionais ou são castigados pela insegurança alimentar. A característica do clima, que provoca as secas calamitosas e os milhões de conterrâneos que morreram em decorrência delas.

Este método testado e desenvolvido há décadas pelo suiço Ernest Göetsch, que monitora áreas criadas por ele na África, Arábia Saudita, entre vários países da América Latina, estabelecendo-se no Brasil no início da década de 1980, mas precisamente na Bahia.

Dito isto, posso afirmar que através do Centro de Estudos da Agricultura Sintrópica (CEPEAS), entre outras fontes de informação e orientação tive a oportunidade de assistir vídeos que demonstram as técnicas desenvolvidas por Göetsch e as transformações inacreditáveis de milhares de áreas degradadas pelo mal uso da terra, das queimadas, da exploração de monoculturas e gado, enfim, da agricultura convencional.

Na verdade o homem vem praticando, basicamente, as mesmas técnicas na agricultura nos últimos 12.000 anos. Técnica essa que degrada o solo, provoca as erosões e dizimam os minerais, microorganismos e insetos responsáveis pela produção e sustentação de um bom solo para o desenvolvimento de futuras plantações. As técnicas desenvolvidas por Göetsch vão exatamente no sentido contrário.

Ele parte do princípio da "agriculura feita por processos" tendo como objetivo final o desenvolvimento natural das florestas. As característica e funções de reposição e liberação de energia e matéria orgânica para propiciar a recomposição do solo.

Depois de décadas de estudos e pesquisas em campo, Ernest conseguiu através da chamada "agricultura sintrópica" o acumulo de biomassa e espécies de árvores e outras culturas em um espaço adensado em que todas as plantas trabalhem em simbiose.

Segundo Ernest, entre os princípios deste tipo de agricultura, exige do agricultor 5% de esforço de plantio e 95% de esforço de manejo das espécies plantadas, repondo esse material de volta no solo em forma de adubo vegetal, cobertura de solo, demarcação das linhas plantadas etc. 

Formando, com as podas e roçagens superficiais do mato nativo, uma camada protetora da terra contra a incidência da luz do sol na terra nua, o que provoca uma grande evaporação da água do subsolo e compactação dos seus compostos orgânicos e minerais.

Hoje, em todo o Brasil, existem centenas, talvez milhares, de agricultores que estão aderindo às novas técnicas da agricultura sintrópica, chamada também de SAFs (Sistemas Agroflorestais) ou de "agricultura regenerativa", entre vários outros nomes.

Por exigir uma boa quantidade de mão de obra, esse tipo de iniciativa está sendo utilizada por Movimentos e Associações de Agricultores que têm pequenas ou médias propriedades, a chamada Agricultura Familiar.

É notório o boicote por parte de mídias de todos os tipos, patrocinados provavelmente por grandes empresas da agropecuária, dessas ideias que podem trazer uma verdadeira revolução verde e desembaraçar de vez a insegurança alimentar em que vivem milhões de brasileiros.

Hoje, a luta é entre o grande poder do capital e as iniciativas da agricultura limpa. Sem o uso de agrotóxicos, nem outros insumos criados para perpetuar a morte do planeta.

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🐆 Rio das Onças 🐆

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