O frio até faz de propósito, engrossa o ar e deixa tudo envolta meio embaçado.
Dar um clima perpétuo
e, me vem o absoluto silêncio
da rua. Sentir o vento gelado
passar pelo corpo. Terral,
que tocou gélido meus ancestrais.
Se soubessem do valor embutido
em cada detalhe manifesto da natureza
encheriam a alma, descobririam enfim, o coração.
O vento do Aracati prevalece, corre a casa lento,
assim como o tempo,
lento, mas leva.
Os botões da camisa abertos
As contas do rosário que há tempos
não escorre mais nos dedos da fé.
Vers. 10
E os gestos de tuas mãos imitando a dança
nasceria nessa árvore do tempo que cresce
sem que a gente sequer se aperceba
há quanto tempo estamos à sua sombra.
O dia amanhece mais uma vez ensolarado
Como se não bastasse o dia inventado pelo homem.
Abá afasta de mim esse ebó Pai.
Vers. 1,57 + 1,57
Eu ganho meu dia em observar as coisas
da natureza, gosto da sua beleza diversa.
Já fui mais imaturo, hoje já sem pressa
Subordino o tempo ao limite da peça,
Terminada, recolho o figurino e parto.
Vou me balançar no vento Leste
orando a música de João do Vale
Os ventos aboiados entram pelas
porteiras do mar do Aracati.
Varrem toda a Ribeira.
Beija todas as cruzes. Depois
vai se aninhar por onde tem pedras
e veredas feitas de tempo.
Pois todos que pisaram ali, e
fizeram aquela vereda torta
já não passam mais por ela.
Tempo lento, mas passa
Vento ligeiro, se escassa.
que tocou gélido meus ancestrais.
Se soubessem do valor embutido
em cada detalhe manifesto da natureza
encheriam a alma, descobririam enfim, o coração.
O vento do Aracati prevalece, corre a casa lento,
assim como o tempo,
lento, mas leva.
Os botões da camisa abertos
As contas do rosário que há tempos
não escorre mais nos dedos da fé.
Vers. 10
E os gestos de tuas mãos imitando a dança
nasceria nessa árvore do tempo que cresce
sem que a gente sequer se aperceba
há quanto tempo estamos à sua sombra.
O dia amanhece mais uma vez ensolarado
Como se não bastasse o dia inventado pelo homem.
Abá afasta de mim esse ebó Pai.
Vers. 1,57 + 1,57
Eu ganho meu dia em observar as coisas
da natureza, gosto da sua beleza diversa.
Já fui mais imaturo, hoje já sem pressa
Subordino o tempo ao limite da peça,
Terminada, recolho o figurino e parto.
Vou me balançar no vento Leste
orando a música de João do Vale
Os ventos aboiados entram pelas
porteiras do mar do Aracati.
Varrem toda a Ribeira.
Beija todas as cruzes. Depois
vai se aninhar por onde tem pedras
e veredas feitas de tempo.
Pois todos que pisaram ali, e
fizeram aquela vereda torta
já não passam mais por ela.
Tempo lento, mas passa
Vento ligeiro, se escassa.
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🐆 Rio das Onças 🐆
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