Candeeiro, lampião e lamparina; Objetos antigos doados ao Museu Pe. Pedro de Alcântara - Centro Cultural de Russas - Foto: Diego Ferreira |
No silêncio das
manhãs vazias
Sou flagrado por
mim explicando coisas
para pessoas
inexistentes.
Os móveis
continuam no rigor de seus lugares,
pacientes, prontos
à cumprir suas sinas
de imobilidade
perpétua.
Porém, seres vivos
não.
Natureza é dotada de
vida e não de estagnação.
Movimentos
próprios, sentimentos diversos, diferentes
uns dos outros por
cores, culturas, incontáveis desejos,
prazeres múltiplos
e
incompreensíveis
pela opaca compreensão
dos móveis
inanimados.
Os brotos continuam
eclodindo em meio
ao sereno frio do
quase amanhecer.
Continua
incessante.
Impossível impedir
a natureza de florescer.
Por mais que
muitos não queiram,
o amor nasce sem
bater continência
e o humor abre
portas, janelas e porões.
Hider Albuquerque
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🐆 Rio das Onças 🐆
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