Foto: Sumaia Vilela / Agência Brasil |
A humanidade, encantada com a própria beleza de ser criadora, passou a se distanciar dos outros seres e ambientes naturais para distinguir-se como sujeitos especiais. E, ao que chamamos hoje de civilização, e seu conceito, não tem correspondência de fato, tanto na realidade histórica, quanto na realidade dos tempos em que vivemos.
Difícil perceber as variáveis e as probabilidades de qual "humanidade" está em ebulição, principalmente, quando estamos vivenciando este momento, bem na fissura que está se abrindo diante dos nossos olhos, de uma ruptura histórica.
É possível notar essa nova etapa de transformações sociais através do trabalho de Stuart Hull, "A identidade cultural na pós-modernidade", trabalha com o conceito de deslocamento cultural para dividir as etapas de transformações nas identidades sociais a partir da ascensão do pensamento iluminista.
No caso do homem pós-moderno, percebemos já os traços e características de fragmentação da identidade social no interior das sociedades, corroborando com o conceito de Bauman, da fluidez das relações e dos pensamentos em uma modernidade líquida. Sobre as características do seu "homem pós-moderno":
[…] o
sujeito assume identidades diferentes em diferentes momentos, identidades que
não são unificadas ao redor de um “eu” coerente. Dentro de nós há identidades
contraditórias, empurrando em diferentes direções, de tal modo que nossas
identificações estão sendo continuamente deslocadas […]. A identidade
plenamente unificada, completa, segura e coerente é uma fantasia. Ao invés
disso, à medida que os sistemas de significação e representação cultural se
multiplicam, somos confrontados por uma multiplicidade desconcertante e
cambiante de identidades possíveis, com cada uma das quais poderíamos nos
identificar – ao menos temporariamente." (HALL, Stuart)
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